Charlie Gard ainda vive: Pais do bebé têm 48 horas para mostrar que o milagre é possível

Charlie Gard será mantido vivo até quinta-feira. O Supremo Tribunal de Londres concedeu 48 horas aos pais para demonstrarem que os supostos tratamentos milagrosos vão mesmo melhorar a qualidade de vida do bebé, que sofre de uma doença genética rara e incurável.

O drama parecia ter terminado ao fim depois do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem ter recusado analisar o processo, o que permitia ao Great Ormond Street Hospital for Children desligar os aparelhos que mantêm o bebé vivo.

Os médicos garantem que Charlie Gard, portador da síndrome de depleção mitocondrial, uma doença genética extremamente rara (há apenas 16 casos conhecidos) e incurável, garantem que o bebé não vê, não ouve, não engole, não chora e nem sequer se consegue mexer, tendo recorrido ao tribunal para que a criança tivesse o direito a morrer com dignidade.

Só que, quando já podia desligar as máquinas, o hospital cedeu ao desespero dos pais, tendo prolongado o suporte de vida do bebé por tempo indefinido.

Entretanto, o hospital do Vaticano garantiu ter um tratamento capaz de melhorar a qualidade de vida de Charlie Gard. E o caso voltou a tribunal…

“Dois hospitais internacionais e os seus investigadores indicaram-nos, nas últimas 24 horas, que há novos elementos sobre o tratamento experimental que propuseram”, adiantou o hospital, em comunicado: “Consideramos, assim como os pais de Charlie, que é justo explorar esses elementos”.

Ontem, o Supremo Tribunal de Londres concedeu 48 horas aos pais para que apresentassem toda a documentação (a do hospital do Vaticano incluída) que prove que o bebé, mesmo sofrendo de uma doença genética incurável, poderá ter alguma qualidade de vida se as máquinas não forem desligadas.

Charlie Gard tem agora 11 meses de idade.

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