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Centeno diz que reduzir crédito malparado é o desafio do sistema bancário europeu

O ministro das Finanças disse hoje que reduzir os ativos problemáticos é o principal desafio com que se confrontam os bancos europeus e que a concretização da União Bancária é a sua principal tarefa como presidente do Eurogrupo.

Numa intervenção na Universidade Católica, em Lisboa, a propósito dos dez anos da queda do banco norte-americano Lehman Brothers, símbolo da crise financeira, Centeno afirmou que anos depois ainda se discute a “conclusão da zona económica e monetária”, considerando que essa á sua “maior tarefa” enquanto presidente do Eurogrupo.

Sobre o fundo europeu de garantia de depósitos, que tem merecido entraves de países como a Alemanha, Centeno disse acreditar que será conseguido e que hoje é mais fácil ter uma discussão sobre esse tema no Eugrupo do que era há um ano.

Para o governante, é essencial maior integração dos mercados financeiros e para isso há que concretizar a União Bancária e a União dos Mercados de Capitais.

Refletindo sobre a crise, admitiu que há dez anos a Europa não estava preparada para fazer face à crise que emergiu, mas também considerou que deu algumas respostas corajosas, ainda que não suficientes e por completar.

Centeno destacou que a próxima reunião do Eurogrupo (grupo informal que junta os países que partilham o euro), a que preside, é a primeira sem um país em resgate, depois de a Grécia ter deixado de estar sob um programa de ajustamento.

“Temos um momento único na União Europeia. Depois da saída da Grécia, a reunião do Eurogrupo de setembro é a primeira em que não estará em agenda um programa [de resgate]”, vincou.

Sobre o sistema financeiro, Mário Centeno falou na necessidade de melhorar a qualidade dos ativos dos bancos, ainda que considere que tem sido eficiente a redução dos ativos problemáticos, nomeadamente o crédito malparado.

“A qualidade do legado [dos bancos] é o desafio que temos na Europa”, considerou.

Quanto a Portugal, o ministro das Finanças afirmou também que o país não estava preparado “para reagir à crise”, a somar ao facto de o projeto europeu não estar preparado para o ajudar, destacando a espiral da crise das dívidas soberanas.

Sobre a mais recente história económico-financeira do país, referiu que houve dois momentos da mudança na perceção sobre Portugal, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e a saída do procedimento por défices excessivos, mas acrescentou que muito precisa de ser feito”.

Lusa

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Lusa

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