O CDS-PP apontou hoje responsabilidades políticas ao primeiro-ministro e ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes no furto dos paióis militares de Tancos e ameaçou não dar consenso se não ficarem explícitas no relatório final da comissão de inquérito.
“Ou ficam no relatório ou não merece o nosso consenso”, afirmou o deputado centrista Telmo Correia numa conferência de imprensa, no parlamento, em que apresentou as propostas de alteração do CDS ao relatório preliminar do deputado do PS Ricardo Bexiga, que acusa de “desculpar o Governo”.
Telmo Correia disse discordar do relatório preliminar por, “aparentemente tentar centrar as responsabilidades nos militares” e considerou que o Governo “teve toda a informação essencial” durante “11 meses e não fez nada” quanto à “atuação ilegal” da Polícia Judiciária Militar (PJM) e de encenação na recuperação do material, na Chamusca, quatro meses após o futuro, em junho de 2017.
O deputado centrista referia-se ao documento entregue pelo ex-diretor da PJM Luís Vieira ao tenente-general Martins Pereira, chefe de gabinete do antigo ministro, sobre a operação que levou ao “achamento” do material, e que Azeredo Lopes, na comissão de inquérito, admitiu ter tido conhecimento “no essencial”.
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