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Catarina Martins diz que medidas de Conselho de Ministros são omissas em relação à estrutura do Estado social

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) afirmou hoje que as medidas do Conselho de Ministros Extraordinário são “omissas em relação àquilo que o Estado pode e dever fazer diretamente”, frisando que a estratégia deve passar pelo acesso a serviços públicos.

“Ouvimos com muita atenção as conclusões do Conselho de Ministros de reprogramar linhas de investimento. Veremos com atenção quando forem concretas para podermos analisar. Mas, há uma omissão que é a omissão do que é que o Estado pode e deve fazer diretamente. Na verdade, sem serviços públicos como é que alguém pode ficar na terra onde nasceu ou cresceu”, sustentou Catarina Martins.

A dirigente falava, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, nos Açores, no encerramento da VI convenção regional do BE que elegeu António Lima como novo coordenador do Bloco na região.

Catarina Martins sublinhou que se o país não investir em serviços públicos “não haverá crescimento económico que seja sustentável”, referindo-se ao acesso à saúde, à educação, à justiça, “àquilo que é o Estado social”.

“E o nosso do país tem problemas graves nesta matéria”, apontou a coordenadora do Bloco de Esquerda.

Catarina Martins considerou que os Açores, uma região ultraperiférica, “sentem” essas desigualdades territoriais e reforçou que o investimento nos serviços públicos “é a resposta responsável”.

“Se não houver escola, se não houver Serviço Nacional de Saúde, se não houver repartição de finanças, se não houver tribunais como é que as pessoas podem estar em todo o território”, acrescentou.

Referindo-se ao debate do Estado da Nação realizado na sexta-feira, Catarina Martins disse que se tratou também do “debate da nação com pouco Estado social”, porque “há falhas no Serviço Nacional de Saúde, na escola, na justiça e em tantas áreas”.

No seu discurso Catarina Martins deixou ainda críticas à governação regional socialista, numa região com “uma enorme riqueza” em várias áreas, mas onde, disse, se encontram “os maiores índices de desigualdade e pobreza do país”.

“Não deixa de ser quase desconcertante que duas décadas de maioria do PS e que não foi ainda capaz de explicar tanta desigualdade”, apontou.

Catarina Martins falou da relação do arquipélago com o mar, alertando, no entanto, que “cada vez que o Estado e a região conceder a privados a exploração de recursos naturais estamos a dizer que podemos estar sentados em cima de um pote de ouro e que se pode esvaziar”.

Lusa

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