Caso de Ébola em Portugal é de malária, revelam os exames

A mulher proveniente da Guiné-Conacri suspeita de trazer o vírus do Ébola para Portugal estava, afinal, com malária. Os exames provaram que a mulher não tinha Ébola, mas foram positivos para a malária, de acordo com as autoridades de saúde. Mas há ainda nove casos suspeitos.

Há nove casos suspeitos de infeção por Ébola em Portugal, mas o mais mediático, o da mulher proveniente da Guiné-Conacri, é, afinal, de malária.

O caso da mulher de 30 anos, transferida do Hospital do Barreiro para o Curry Cabral (Lisboa), era o que apresentava os sintomas mais fortes do Ébola. Contudo, os exames para este vírus revelaram-se negativos.

Os mesmos exames deram positivo para a malária, de acordo com a informação avançada pela Direção Geral da Saúde e pelo Instituto Nacional de Saúde.

“Todos os procedimentos previstos no protocolo” de vigilância ao Ébola “foram observados” no Hospital do Barreiro, salientou o diretor-geral da Saúde, Francisco George, citado pela Lusa.

De acordo com a tutela, há ainda nove casos suspeitos do vírus em Portugal.

A mulher em causa deu entrada na última semana após apresentar um quadro febril. Como era proveniente da província de Boke, na Guiné-Conacri, foi transferida para o Curry Cabral, um hospital que tem 14 quartos de isolamento disponíveis para receber casos suspeitos de doentes infetados pelo Ébola.

O mesmo hospital tem mais dez quartos de isolamento que poderão ser usados se tal se tornar necessário, realçou ainda Francisco George.

O plano nacional de contingência para o Ébola inclui linhas telefónicas para triagem e encaminhamento, a equipa do Instituto Ricardo Jorge, os três hospitais de referência (Curry Cabral, Estefânia e São João), três bases de ambulância em Lisboa, Porto e Coimbra (com 12 tripulantes equipados e de prontidão), bem como a equipa de resgate nacional, pronta para ir buscar cidadãos portugueses a qualquer parte do mundo.

Os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde referem que a epidemia de Ébola já provocou mais de 9400 mortos, havendo mais de 23 mil pessoas infetadas.