Um registo tornado público, relativo a uma conversa entre um oficial da capitania e o comandante Francesco Schettino, prova que este abandonou o navio antes do resgate dos passageiros, logo após o embate nas rochas.
“Quer quer fazer, capitão. Ir para casa?”, pergunta o oficial da capitania. “Abandonámos o barco”, responde o comandante, suscitando a revolta por parte do oficial, que dá ordens no sentido de um regresso ao navio, para coordenar as operações de resgate.
Nessas conversas telefónicas, é a capitania que informa o capitão do Costa Concordia de que “já existem cadáveres”. A surpresa e desconhecimento do capitão geram ainda mais revolta.
“É o senhor que tem de me dizer quantos cadáveres há. O que quer fazer? Ir para sua casa? Volte imediatamente para o navio e informe-nos do que é necessário fazer. Diga-nos quantas pessoas restam e do que necessitam”, refere o oficial da guarda costeira.
Recorde-se que o comandante Francesco Schettino negara, após o naufrágio do Costa Concordia, que tivesse saído do barco, algo que é contrariado por este diálogo, que sobe de tom.
“Volte imediatamente para o cruzeiro. Suba pelas escadas de segurança e coordene a evacuação. Informe-nos de quantas pessoas estão no interior. Quantas crianças, mulheres e o número exato sobre cada género ou faixa etária”, acrescenta o oficial, que questiona: “Que quer fazer. Abandonar o resgate?”.
Francesco Schettino mente: “Não, não… Estou aqui a coordenar o resgate”. E a capitania reforça as indicações. “Comandante, é uma ordem. Agora, comando eu. Antes, o senhor declarou que tinha abandonado o navio. Volte e coordene o resgate, porque há mortos”.
Segundo os investigadores, o comandante não acatou as ordens. Terá apanhado um táxi e instalou-se num hotel. Já no hotel, entrevistado pela televisão italiana, volta a mentir: “Fomos os últimos a abandonar o navio. Agora, Francesco Schettino é acusado de negligência, homicídio involuntário e fuga.
O acidente ocorreu na passada sexta-feira. O Costa Concordia transportava mais de 4000 pessoas, quando embateu numa rocha, junto à ilha de Giglio, que rasgou o casco do navio. Em barcos e a nado, quase todos os passageiros e elementos da tripulação conseguiram escapar.
O comandante Francesco Schettino terá feito uma manobra arriscada, que provocou o acidente. Em conferência de imprensa, o responsável pela empresa proprietária do cruzeiro, Pier Luigi Foschi, revela que “o comandante cometeu erros de julgamento”, com “graves consequências”.
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