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Cancro da mama: Investigadores portugueses avançam no tratamento

Cientistas portugueses estão a avançar no tratamento do cancro da mama, através do desenvolvimento de um anticorpo que elimina células malignas. Este novo tratamento é menos tóxico e, além do cancro da mama, poderá também ser eficaz nos cancros do estômago, pâncreas e cólon.

Uma pesquisa com selo português poderá abrir caminho para um tratamento menos agressivo do cancro da mama, método que recorre a uma mecanismo molecular, permitindo a criação de um anticorpo que elimina as células malignas do tumor.

Este trabalho de investigação, liderado por Paula Videira, ganhou o Prémio de Mérito Científico Santander Totta/Universidade Nova de Lisboa, galardão que é entregue nesta quarta-feira, na reitoria da universidade.

Segundo explica a investigadora, em declarações à Lusa, graças a este método inovador é possível ultrapassar uma das características do cancro da mama que dificultam o seu combate: o facto de não permitir ao sistema imunitário a eliminação das células tumorais malignas. Assim, essas células disseminam-se no organismo, o que dificulta o controlo e combate da doença.

O desafio da equipa de investigadores foi criar um anticorpo com a capacidade de unir “células específicas do sistema imunitário com as do cancro da mama”, o que permitirá eliminar as células malignas.

A investigação está numa fase em que o anticorpo está a ser criado, recorrendo ao método in vitro. Depois, os cientistas vão caraterizar as células tumorais. Trata-se de um “passo importante, segundo Paula Videira, para o tratamento do cancro da mama, com um método menos tóxico.

Caso o trabalho termine de acordo com as perspetivas, outros cancros podem ser tratados recorrendo ao mesmo método: nomeadamente cancros do pâncreas, do estômago e do cólon, que apresentam pontos em comum com o cancro da mama.

De acordo com um relatório sobre os últimos 30 anos, os casos de cancro da mama aumentaram 3,1 por cento. O ‘World Breast Cancer Report 2012’, divulgado no final do ano passado, compara dados de 1980 com números atuais e regista um aumento de 640 mil casos para 1,5 milhões. O cancro da mama mata uma mulher por minuto, em todo o mundo.

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