Um simples filtro pode tornar-se fundamental para o diagnóstico do cancro. Um investigador francês concluiu que as células cancerosas não passam na filtragem de uma amostra de sangue, mas necessita de aprofundar os estudos. Ivon Cayre, da Universidade Pierre e Marie Curie (Paris), acredita que a nova técnica de diagnóstico poderá substituir 60 por cento das biópsias.
Citado pelo jornal Le Parisien, o hematologista explicou a simplicidade do conceito: passando uma amostra de sangue por um tubo de plástico, cujo preço ronda os 200 euros, as células cancerosas são filtradas e permanecem à superfície, permitindo uma análise com maior facilidade.
Para além de ser mais barata, a nova técnica tem a grande vantagem de ser menos invasiva do que a biópsia. Ivon Cayre acrescentou que a opção pela filtragem abre a porta a terapias contra o cancro mais personalizadas.
Descoberto o princípio, o investigador quer agora utilizar a filtragem de uma amostra de sangue para detetar eventuais anomalias num feto, substituindo a amniocentese. No início do próximo ano, Ivon Cayre quer iniciar os ensaios em pacientes com cancro para aprimorar a técnica de diagnóstico.
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