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Serpa surpreendida com encerramento de urgência que nunca abriu

Tomé Pires, vice-presidente da Câmara Municipal de Serpa, considera que a proposta que prevê o encerramento da urgência da cidade é “caricata”, uma vez que aquele serviço “chegou a estar prometido”, mas “nunca chegou a abrir”. O fecho da urgência de Serpa foi proposto pela comissão que avaliou a Rede Nacional de Emergência e Urgência.

O autarca de Serpa apelida de caricata a decisão da comissão que foi criada para analisar a Rede Nacional de Emergência e Urgência. No âmbito da análise desta comissão, prevê-se fechar o Serviço de Urgência Básica (SUB) de Serpa. Para o vice-presidente da Câmara, é “caricato” que se aponte o fecho de uma unidade que nunca abriu as portas.

Em declarações à agência Lusa, Tomé Pires sustenta ainda que as “orientações para fechar um serviço que, na realidade, nunca chegou a abrir é estranha”, além de que contraria o princípio que levou à promessa daquela urgência: a necessidade de um SUB em Serpa, onde funciona apenas um Serviço de Urgência Avançada, no hospital local.

O autarca do município, eleito pela CDU, lamenta o fecho de uma unidade que nunca abriu, mas teme que o Ministério da Saúde deite por terra uma reivindicação da Câmara Municipal de Serpa, em nome da população.

Recorde-se que esta comissão que tem por missão reavaliar a rede de emergência e urgência em Portugal defende o fecho de 16 serviços de urgência, medida que o Governo ainda não anunciou, mas que poderá fazer parte do plano de contenção de despesa na área da Saúde.

O SUB de Serpa é um desses 16 serviços de urgência, mas nunca abriu as portas. Ou seja, a redução de custos com o fecho de uma unidade que nunca foi inaugurada é nulo. Tomé Pires acha estranho que esta avaliação da rede não tenha considerado o facto de que a urgência de Serpa não existe.

Nestas palavras proferidas à agência Lusa, o vice-presidente da Câmara conclui que o projeto de criação de uma SUB será eliminado. “Depreendemos desta proposta [da comissão] que não será implementado o SUB em Serpa”, realça.

No entanto, os autarcas da Câmara Municipal não aceitarão que se proceda à eliminação de quaisquer outros serviços de urgência da cidade. “Caso a intenção seja acabar com o serviço de urgência que existe, é muito mais grave. Nem queremos pensar nisso e vamos lutar contra essa eventual decisão”, realça Tomé Pires.

O município de Serpa vai aguardar pelas decisões do Ministério de Paulo Macedo, que apenas referiu que o Governo está perante uma proposta de reformulação da rede de urgências, sendo que ainda não tomou qualquer decisão sobre o assunto. Serpa vai esperar.

De acordo com o relatório da comissão, o encerramento de alguns SUB “poderá ser realizado de forma faseada”, sendo que terá de haver uma capacidade de resposta nos Cuidados de Saúde Primários e nos Serviço de Urgência, “de forma a garantir atendimento rápido”.

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