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Camané agradece prémio, mas diz que fez CD pelo “repertório fantástico” de Marceneiro

O fadista Camané manifestou-se hoje “muito contente e agradecido” por ter vencido o Prémio Manuel Simões para Melhor Disco de Fado/2017, sublinhando que fez o CD “a pensar no repertório fantástico de Marceneiro e não em prémios”.

Em declarações à agência Lusa, o fadista reagia ao facto de o CD “Camané canta Marceneiro”, editado em outubro de 2017, ter vencido o prémio para Melhor Disco de Fado/2017, na que é a primeira edição do galardão.

“Fico muito contente e muito agradecido por este prémio”, disse, sublinhando, todavia, que não gravou o trabalho “a pensar em prémios”, mas “a pensar num repertório fantástico que é toda a discografia e o repertório que Marceneiro cantou”.

Porque “ouvi estes discos como se fossem histórias, em miúdo, e com o passar do tempo fui cantando os fados do Marceneiro, as músicas do Marceneiro, lembrei-me nesta altura de fazer um disco com as letras originais”, observou.

Para o fadista, a atribuição do prémio revelada hoje à Lusa, foi “um prazer enorme” já que “é muito bom sentir que as pessoas gostaram do disco”.

Questionado sobre novos trabalhos, Camané disse não ter pensado ainda em nenhum, argumentando que se encontra em digressão por Portugal para divulgar o CD agora galardoado.

O fadista referiu os espetáculos que dará, a 11 e 12 de outubro, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pelo que só depois irá pensar num novo disco.

Criado em março último pela Fundação Manuel Simões, no âmbito das comemorações do centenário de nascimento do editor discográfico, o galardão visa distinguir exclusivamente a melhor edição discográfica de fado do ano civil anterior ao da entrega do prémio.

Na ata da atribuição do prémio, a que a Lusa teve acesso, o júri refere ter ponderado a “mestria interpretativa” de Camané, que “resgatou cuidadosamente um dos repertórios emblemáticos do fado”, de um dos seus “mais carismáticos intérpretes” – Alfredo Marceneiro –, sem se deixar confundir ou seguir o modelo, mas antes recriando, propondo o seu próprio registo.

Para o júri, o fadista fez uma “interpretação iluminada” de um dos repertórios matriciais do fado, numa “equação excelente com o acompanhamento instrumental”.

“Camané canta Marceneiro”, com produção de José Mário Branco e editado pela Warner Music, foi o álbum escolhido pelo júri, que avaliou 30 candidaturas entre CD enviados pelas discográficas, pelos artistas ou propostas pelos seus membros.

Sem valor pecuniário, o prémio consiste numa estatueta e a data da cerimónia de entrega será divulgada em breve, segundo disse à Lusa a presidente da Fundação Manuel Simões.

Nascido em Pedrógão Grande, Manuel Simões (1917-2008) foi empresário discográfico e fundou a editora Estoril e a Discoteca do Carmo, bem como a fundação criada em dezembro de 2001 e a que deu o seu nome.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: CamanéFado

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