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Britânica recebe pulmão de fumador compulsivo e morre com cancro maligno

Jennifer Wederell, britânica de 27 anos, alvo de um transplante de um pulmão que pertencia a um fumador compulsivo, acabou por morrer, vítima de um cancro maligno. A família está revoltada, mas o hospital de Essex afasta cenário de negligência médica. “Jennifer morreu a morte de outra pessoa”, diz o pai, que criou um grupo no Facebook a incentivar fumadores a não permitirem que os seus órgãos sejam doados para transplante.

Uma britânica de 27 anos morreu vítima de cancro, em sua casa, em Inglaterra, depois de ser transplantada com um pulmão que pertencia a um fumador compulsivo. Foi encontrado um cancro no pulmão transplantado e, 16 meses depois da intervenção cirúrgica, Jennifer Wederell sucumbiu, na sua residência, localizada no condado de Essex.

Jennifer Wederell padecia de uma fibrose cística, desde os 2 anos de idade. Ao longo da sua infância, adolescência e juventude, teve de usar um tubo de oxigénio. A sua doença não permitia a qualidade de vida desejável, até que esta britânica decide recorrer a um transplante de um pulmão.

Esteve durante 18 meses em lista de espera. Em 2011, recebe o que julgava ser uma boa notícia: um órgão disponível. A operação foi realizada, mas o pulmão que Jennifer recebeu pertencera a um dador que fumava compulsivamente. E a mulher britânica acabou por pagar caro esse erro médico.

Em fevereiro, foi diagnosticado um cancro maligno. E poucos meses depois, Jennifer Wederell acabou por morrer, em sua casa, depois de uma luta pela vida que nunca esperou ter de enfrentar.

Segundo garante o pai desta britânica, Colin Grannell, a filha jamais teria feito o transplante se soubesse que o pulmão era proveniente de um fumador. Apesar da ansiedade em encontrar um dador, do desejo de cumprir esse transplante, Jannifer teria preferido aguardar, em vez de arriscar por um transplante que poderia ser fatal – como veio a suceder.

O hospital nega negligência e defende-se com o argumento de que a paciente não teria alternativas àquele transplante de um pulmão potencialmente letal, que pertencia a um homem de meia idade que fumava cerca de dois maços de tabaco por dia.

Por outro lado, acrescenta o hospital em comunicado, “os riscos seriam maiores se a paciente rejeitasse o pulmão”. Acrescenta o comunicado que é “muito raro que os pacientes especifiquem que não querem receber pulmões saudáveis de fumadores”.

Depois de anos à espera, a família jamais pensou que uma aparente cura da filha poderia transformar-se na sua sentença de morte, determinada em fevereiro de 2012 – quando foi detetado o cancro maligno – e cumprida agora.

A família está indignada, porque nunca foi informada de que o dador era fumador. Os médicos apresentaram os riscos da intervenção cirúrgica e, segundo Colin Grannell, “nunca disseram que seria utilizado o pulmão de um fumador”.

Entretanto, a família criou um grupo no grupo no Facebook, com o nome de ‘Jennifer’s Choice’ [A Escolha de Jennifer]. Este grupo tem como objetivo alertar os fumadores a não fazerem uma inscrição como dadores de órgãos. Agora, “Jennifer morreu a morte de outra pessoa”, lamenta o pai, que não quer que o caso se repita.

O comunicado do hospital mantém, no entanto, que “o número de pulmões disponíveis para transplante cairia 40 por cento se houvesse uma política de recusar aqueles que provêm de fumadores”. Prevê-se um aumento de listas de espera, com um preço para a saúde, o mesmo preço que Jennifer Wederell pagou.

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