João Rendeiro, o fundador do Banco Privado Português (BPP), foi hoje condenado a cinco anos de prisão, mas um donativo de 400 mil euros permite-lhe ficar com a pena suspensa.
O ex-presidente do Conselho de Administração do BPP, condenado por falsidade informática e falsificação de documento, não compareceu à leitura do acórdão.
A burla do BPP consistiu na falsificação dos registos informáticos para que estes emitissem documentos com dados contabilísticos adulterados, segundo os quais o banco estaria estável.
Enquanto o BPP se afundava, João Rendeiro e os outros quadros de topo – foram também julgados Paulo Guichard, Salvador Fezas Vital, Fernando Lima e Paulo Lopes – continuavam a receber ordenados avultados.
A intenção era “conferir a aparência de um bom governo do BPP e manter os cargos de administração que exerciam, com o respetivo estatuto remuneratório”, referiu o Ministério Público, no despacho de acusação, em 2014.
Os crimes foram cometidos entre 2001 e 2008. Só em 2010 é que o Banco de Portugal revogou ao BPP a autorização para o exercício da atividade.
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