O Bloco já tornou público que pretende que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, preste esclarecimentos sobre o processo que resultou na sua formação superior. “Só o próprio Miguel Relvas ou a Universidade Lusófona podem prestar esclarecimentos. Preocupa-me que uma licenciatura possa ser concluída num ano”, disse aos jornalistas o líder do BE, Francisco Louçã.
Diz Louçã, à agência Lusa, que fica “preocupado” em saber que uma licenciatura pode ser concluída num ano. O BE quer, por isso, ouvir o ministro sobre este caso.
Já o reitor da Universidade Lusófona na data em que Miguel Relvas concluiu o curso de Ciência Política e Relações Internacionais desvaloriza a polémica. Para Fernando dos Santos Neves, as polémicas sobre ‘coleção’ de 32 créditos que permitiu a Relvas concluir uma licenciatura num ano “são histórias da carochinha”.
“Não acho que este caso levante dúvidas… Vão ralhar com a Declaração de Bolonha”, disse à RTP o ex-reitor, numa alusão ao processo de Bolonha, que permite que o currículo seja convertido em disciplinas concluídas, no ensino superior.
Por seu turno, o Partido Socialista, através do deputado Nuno Sá, lançou ironia sobre o tema, considerando que Relvas foi pioneiro. Em declarações à Lusa, o deputado do PS diz que “Miguel Relvas foi o primeiro português, um pioneiro, a recorrer à filosofia Novas Oportunidades”.
Nuno Sá considera ainda que “este é o momento oportuno para Passos Coelho repense as políticas de Educação e qualificação dos portugueses”. O deputado do PS referia-se à “extinção do programa Novas Oportunidades e aos epítetos que Governo e Passos Coelho têm lançado sobre os programas que valorizam a experiência profissional”.
O paralelismo entre aquele programa e a licenciatura de Relvas, de acordo com o PS, faz todo o sentido, já que as Novas Oportunidades sempre pretenderam valorizar a certificação académica dos portugueses através da sua experiência profissional.
Ou seja, capitalizar experiência, tal como sucedeu com Miguel Relvas, que capitalizou créditos. A ironia, segundo o deputado socialista, é que o Governo desvalorizou esse princípio e as Novas Oportunidades.
De acordo com o jornal i, a licenciatura de Miguel Relvas resulta de uma acumulação de créditos que permitiu ao ministro concluir um curso de 36 cadeiras, completando apenas quatro. Traduzir créditos em cadeiras está previsto na lei, mas casos como o de Relvas são inéditos.
Não é normal que uma universidade conceda tantos créditos a um aluno, nem é vulgar que uma licenciatura possa ser terminada no prazo de um ano, o que sucedeu com Relvas – ainda que com uma nota final modesta de 11 valores. O percurso académico de Miguel Relvas também não abona em seu favor. Leia mais.
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