Marisa Matias, candidata à Presidência da República apoiada pelo Bloco de Esquerda, garantiu que não se aburguesou com a carreira política.
Com origens humildes, Marisa Matias tornou-se numa das protagonistas de um dos principais partidos portugueses, sendo eurodeputada desde 2009.
Os salários dos eurodeputados “são muito elevados”, mas a candidata bloquista não se aburguesou.
“Não, basta olhar para mim [risos]… Os salários são elevados, sobretudo se compararmos com Portugal, mas não deixei em momento nenhum de abdicar de uma parte do salário”, afirmou Marisa Matias.
Questionada sobre o destino dessa parte do salário que doa, na entrevista à CMTV, a candidata a Belém referiu “situações que são públicas de apelos para projetos artísticos ou ajudas a quem não tem dinheiro se defender em processos judiciais”.
“E há outras que merecem privacidade”, acrescentou: “Não entrego dinheiro ao partido, mas mantenho essa prática. Defendo que ninguém deve enriquecer à custa do exercício de cargos políticos”.
No entender da eurodeputada, a luta não passa por reduzir o salário dos eleitos para o Parlamento Europeu, mas sim “combater os salários de miséria” que existem em Portugal.
“Estive com mulheres que estão em risco de despejo e ver que ganham o salário mínimo e pagam 400 euros de renda… É impossível viver assim. Não precisam de mo explicar porque já ganhei o salário mínimo”, finalizou.
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