O Governo vai avançar para a capitalização dos hospitais, que enfrentam graves dificuldades económicas e que estão a ser engolidos por uma dívida gigantesca às farmacêuticas, que atinge os 1,2 mil milhões de euros. Este plano prevê evitar a rutura do sistema, que poderá acontecer já em janeiro de 2012, caso não seja tomada nenhuma medida.
Com o apoio da troika, a banca permitirá aos hospitais-empresa alguma folga financeira para fazer frente às dívidas aos fornecedores, que foram sendo acumuladas ao longo de anos. o plano prevê que os bancos tenham uma margem de lucro, segundo o Diário Económico, e implica o aval do Estado.
Ainda ao abrigo desta solução entre Governo e banca, também serão fechadas algumas unidades hospitalares, para conter despesa e permitir derrotar o passivo dos hospitais-empresa, que em 2010 se cifrava em 4,8 mil milhões de euros.
As empresas fornecedoras dos hospitais já ameaçaram suspender a entrega de medicamentos enquanto não forem saldadas as dívidas. Atualmente, os prazos médios de pagamento das mesmas situa-se nos 450 dias, o que levou as farmacêuticas a impor um limite.
A solução encontrada pelos ministérios da Saúde e das Finanças e pelos bancos – numa espécie de ‘troika’ que tenta salvar os hospitais – foi um plano de resgate que o Governo quer aplicar com máxima urgência.
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