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Banca salva hospitais com injeção de 1,6 mil milhões ao abrigo de um plano do Governo

paulo_macedoA rutura financeira dos hospitais-empresa (EPE), em virtude das dívidas a fornecedores, vai ser evitada com uma injeção de capital na ordem dos 1,6 mil milhões de euros, plano que terá o apoio do sistema bancário e da troika. Os ministérios da Saúde e das Finanças, liderados por Paulo Macedo e Vítor Gaspar, respetivamente, preparam o plano que pretende evitar o colapso, segundo noticia o Diário Económico.

O Governo vai avançar para a capitalização dos hospitais, que enfrentam graves dificuldades económicas e que estão a ser engolidos por uma dívida gigantesca às farmacêuticas, que atinge os 1,2 mil milhões de euros. Este plano prevê evitar a rutura do sistema, que poderá acontecer já em janeiro de 2012, caso não seja tomada nenhuma medida.

Com o apoio da troika, a banca permitirá aos hospitais-empresa alguma folga financeira para fazer frente às dívidas aos fornecedores, que foram sendo acumuladas ao longo de anos. o plano prevê que os bancos tenham uma margem de lucro, segundo o Diário Económico, e implica o aval do Estado.

Ainda ao abrigo desta solução entre Governo e banca, também serão fechadas algumas unidades hospitalares, para conter despesa e permitir derrotar o passivo dos hospitais-empresa, que em 2010 se cifrava em 4,8 mil milhões de euros.

As empresas fornecedoras dos hospitais já ameaçaram suspender a entrega de medicamentos enquanto não forem saldadas as dívidas. Atualmente, os prazos médios de pagamento das mesmas situa-se nos 450 dias, o que levou as farmacêuticas a impor um limite.

A solução encontrada pelos ministérios da Saúde e das Finanças e pelos bancos – numa espécie de ‘troika’ que tenta salvar os hospitais – foi um plano de resgate que o Governo quer aplicar com máxima urgência.

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