A automatização vai causar a destruição de 54 mil postos de trabalho na zona Sul do país, na próxima década, o que criará a necessidade de requalificar 27 mil trabalhadores, refere um estudo que a CIP divulga hoje.
No entanto, no mesmo período, entre 2020 e 2030, serão também criados 30 mil postos de trabalho na zona em análise.
De acordo com um estudo que a CIP – Confederação Empresarial de Portugal apresenta hoje em Loulé, na zona Sul a mudança líquida estimada de postos de trabalhos no setor de alojamento e restauração será negativa e ronda os 8.000 postos de trabalhos.
O setor do alojamento, restauração e similares será o mais afetado pela automação, enquanto o da saúde humana e apoio social será o que vai ter o maior impacto positivo da mudança líquida de postos de trabalho, com mais de 2.000 empregos.
O estudo salienta ainda o elevado retorno do investimento na requalificação dos trabalhadores, tanto para os próprios como para as empresas e para a sociedade.
A análise regional resultou de um protocolo de colaboração entre a CIP e a NOVA School of Business and Economics e é um trabalho realizado na sequência de um estudo nacional divulgado pela CIP em janeiro, sobre o impacto da automação no futuro do trabalho.
Segundo o estudo de âmbito nacional, a adoção da automação em Portugal pode levar à perda de 1,1 milhões de empregos na indústria e comércio até 2030, mas criar outros tantos na saúde, assistência social, ciência, profissões técnicas e construção.
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