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Ativista guineense Miguel de Barros considerado personalidade mais influente da África Ocidental

O ativista guineense Miguel de Barros foi considerado a personalidade mais influente do ano 2018 Confederação da Juventude da África Ocidental (CWAY) e deverá receber o prémio no final do março, no Togo, segundo a nota da distinção.

A Lusa teve acesso à carta de distinção de Miguel de Barros, sociólogo de 39 anos, em que é referenciado como sendo “alguém de quem se celebra as muitas conquistas, como modelo para jovens líderes” da África Ocidental.

“Este prémio reconhece a sua integridade e perseverança, enquanto personalidade com visão estratégica e progressista com realizações mensuráveis na área da liderança e desenvolvimento socioeconómico na África Ocidental e para além dela”, lê-se na carta.

No dia 30 de março, Miguel de Barros recebe o prémio no âmbito do fórum “Novos Líderes, Nova África”, coorganizado pela confederação de jovens líderes da África Ocidental (CWAY, em sigla inglesa) e pela Organização Africana de Jovens.

Na carta de distinção a Miguel de Barros lê-se que metade da população africana atual tem menos de 40 anos, mas que ainda assim os jovens não têm assumido posições de lideranças, embora constituam o grosso dos votantes em eleições.

Os organizadores do fórum entendem que o continente africano precisa de reduzir a idade legal para permitir que os jovens possam concorrer aos lugares de liderança dos respetivos países.

Só na Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) estima-se que existam cerca de 200 milhões de jovens. O fórum, a ter lugar em Lomé, a capital do Togo, vai discutir qual o verdadeiro lugar dos jovens no continente africano.

Em novembro passado, Miguel de Barros venceu o prémio humanitário Pan-Africano de Excelência em Pesquisa e Impacto Social e recebeu um galardão numa cerimónia realizada em Marrocos.

Miguel de Barros é pós-graduado em sociologia e planeamento pelo ISCTE, em Portugal, do qual é investigador associado do Centro de Estudos Africanos, é investigador do Instituto Nacional de Pesquisas (INEP) da Guiné-Bissau e também membro do Conselho para o Desenvolvimento de Pesquisa em Ciências Sociais em África – CODESRIA.

Tem desenvolvido pesquisas e publicado em revistas científicas internacionais nos domínios da juventude, voluntariado, sociedade civil, media, direitos humanos, governação comunitária, segurança alimentar, migrações, feiras livres, literatura e música rap.

Atualmente, Miguel de Barros é diretor executivo da ONG Tiniguena, que se destaca no trabalho da promoção, preservação e conservação do ambiente na Guiné-Bissau.

É também fundador da Corubal, uma cooperativa de produção e divulgação de trabalhos científicos e culturais na Guiné-Bissau.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: África

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