“As formigas trabalharam. O problema foi as cigarras do Governo”, diz Arménio Carlos

A CGTP reagiu às declarações de Miguel Macedo, ministro da Administração Interna que afirmara que Portugal era “um país de muitas cigarras e poucas formigas”. Para Arménio Carlos, secretário-geral daquela central sindical, o ministro deveria “ter mais respeito pelos portugueses” e, em nome do Governo, dizer que “está na hora de ir embora e de mudar de política”.

A declaração do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo mereceu o repúdio do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que considerou que Macedo “deveria ter mais respeito pelos portugueses”.

Em declarações à Antena 1, o líder da CGTP defendeu que as palavras de Miguel Macedo foram infelizes. “O senhor ministro, em vez de estar a criticar aqueles que todos os dias fazem sacrifícios e que procuram trabalho, e particularmente aqueles que procuram trabalho, deveria ter mais respeito pelos portugueses”, disse Arménio Carlos.

O facto de o ministro ter considerado que o país tem “muitas cigarras e poucas formigas” é, para Arménio Carlos, uma tentativa de o Governo declinar responsabilidades pela situação do país.

“Mais do que fazer críticas, [o ministro Miguel Macedo] deveria assumir humildemente os erros que este Governo cometeu, a situação em que este Governo colocou o país e, a partir daqui dizer ‘está na hora de ir embora e de mudar de política’. Era isto que ele deveria dizer”, afirmou o secretário-geral da CGTP.

Arménio Carlos considera ainda que as cigarras passaram pelos governos dos últimos anos, com prejuízo para as formigas, que são os trabalhadores portugueses. “Eu acho que as formigas, nos últimos 30 anos, trabalharam muito e bem. O problema foi que as cigarras que passaram pelo Governo cantaram muito, fizeram pouco e deram um contributo para destruir paulatinamente o país”, sustentou o líder da CGTP à Antena 1.