Animais errantes: Funchal recusa proposta do PAN, Ordem promove formação em 41 municípios

No mesmo dia, há duas novidades contrastantes quanto ao controlo de animais errantes. Enquanto a Ordem dos Médicos Veterinários chega a acordo com 41 autarquias para ações de formação, a Assembleia do Funchal chumbou uma proposta do PAN para privilegiar as esterilizações.

O controlo de animais errantes, mais conhecidos por vadios, está na ordem do dia por dois motivos políticos contrastantes. Enquanto o Funchal chumba uma proposta para privilegiar as esterilizações, 41 municípios chegaram a acordo para que os funcionários que lidam com animais errantes tem ações de formação específicas.

No Funchal, o Partido pelos Animais e pela Natureza apresentou em Assembleia uma proposta de decreto sobre os programas de controlo de animais errantes, privilegiando as esterilizações em detrimento do abate. Segundo o Dnotícias, a maioria PSD chumbou a proposta, apesar de toda a oposição ter votado a favor.

Enquanto o Funchal discutia e votava o documento, 41 municípios aderiram a um projeto da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), que vai dar cursos de formação específicos aos funcionários municipais encarregues de lidarem com animais errantes.

Aderiram à iniciativa os municípios de Amadora, Albufeira, Cascais, Lisboa, Loures, Moita, Nisa, Odivelas, Oeiras, Silves, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Torres Novas, Coimbra, Cantanhede, Carregal do Sal, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Fundão, Guarda, Mêda, Lousã, Mação, Marinha Grande, Penacova, Proença-a-Nova, S. João da Madeira, Soure, Tábua, Vagos, Amares, Gaia, Guimarães, Gondomar, Mondim de Basto, Matosinhos, Póvoa do Varzim, Santa Maria da Feira, Torre de Moncorvo, Valongo, Vila Real.

A formação, intitulada “Etologia Aplicada e Bem-Estar Animal de Cães e Gatos”, começa no dia 11 e, segundo Alexandra Simões, da OMV, vai ser dada por dois veterinários do Brasil, um da Colômbia e um tratador do Brasil. Em tempos de contenção para as autarquias, resta a novidade do curso ser grátis.

O objetivo será “aprofundar conhecimentos sobre comportamento e o maneio adequado de cães e gatos, aprender a avaliar o bem-estar dos animais nos Centros de Recolha Oficiais, fomentar a discussão sobre ética e controlo de populações de animais errantes e promover a responsabilização da posse de animais”, de acordo com Alexandra Simões, citada pela Lusa.