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Ângelo Correia elogia Portas, “homem leal”, “resiliência” de Passos Coelho e duelo Marcelo-Guterres

Numa entrevista ao Económico, Ângelo Correia salientou que Passos Coelho soube ultrapassar a crise da demissão “irrevogável” de Paulo Portas com “resiliência”, afirmou que o vice-primeiro-ministro é “um homem leal” e antecipa um duelo presidencial entre Marcelo e Guterres.

Ângelo Correia, considerado dentro do próprio PSD como o padrinho político de Pedro Passos Coelho, comentou a atualidade política numa longa entrevista ao Diário Económico, na qual visou ainda António José Seguro, Paulo Portas, Marcelo Rebelo de Sousa e António Guterres. Apresentando-se como “amigo” e não padrinho do primeiro-ministro, elogiou a forma como este resistiu à crise política aberta com a demissão “irrevogável” de Paulo Portas, dizendo que Passos Coelho “foi o único que demonstrou uma característica fundamental na política: resiliência”.

Sobre a forma como Paulo Portas revogou uma decisão que havia descrito como “irrevogável”, Ângelo Correia explicou que é obrigatório mantê-lo “perto” para que ele se apresente como é: “um homem leal”. “Gosto muito do Paulo. Há muitos anos que sou amigo dele, acho-o brilhante. Mas a grande forma que nós temos de conseguir lidar com Paulo Portas é tê-lo ao perto de nós e ouvi-lo”, reforçou.

“Quando há uma coligação política, em primeiro lugar estão sempre os políticos, depois estão os tecnocratas”, explicou Ângelo Correia, justificando a vantagem de “ouvir” Portas como número dois, posição que era antes ocupada pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar. Até porque o CDS, apesar de ter ganho mais poder dentro do Governo, “sabe que o poder final é sempre o do voto e quem tem o voto é o primeiro-ministro”.

Estando “perto” de Passos Coelho quando este ascendeu ao poder dentro do PSD, tal como esteve perto de Luís Filipe Menezes quando este presidiu ao partido, o gradual afastamento levou Ângelo Correia a afastar-se também da política. “Não consegui nessa altura” ajudar Menezes, “não consegui com Passos Coelho”, recordou: “a minha vida politico-partidiária não tem razão de ser”.

“Estou desencantado com o ciclo político português”, desabafou ainda aquele que é visto como um dos ‘barões’ do PSD, um partido que inclui no grupo dos que “não pensam o suficiente”. Outros há, como o PS, com “ausência de liderança”.

“A liderança do PS é fraca”, atirou Ângelo Correia, descrevendo António José Seguro como um homem que anda “surfando” pela política: “ele não quer ser líder definitivo. Um líder que se quer definitivo prepara-se, estuda”.

Mas os atuais líderes do PSD e do PS não foram os únicos de quem Ângelo Correia falou. Antecipando as próximas eleições presidenciais, sublinhou que “o professor Marcelo Rebelo de Sousa vai ser um belíssimo candidato à Presidência da República”, indo encontrar nas urnas um ex-primeiro-ministro socialista: “Marcelo Rebelo de Sousa de um lado e António Guterres do outro. Se isso acontecer, Portugal está muito bem entregue”. 

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