O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, recebeu hoje um convite para travar as políticas de austeridade. Paul De Grauwe – reputado economista, professor de da London School of Economics e investigador no Center for European Policy Studies – considera que é preciso repensar as estratégias.
Portugal estará a ser conduzido para a insolvência, caso Vítor Gaspar exagere nas medidas de austeridade. Paul De Grauwe duvida de que Portugal regresse aos mercados no próximo ano e diz que Gaspar “é um bom amigo” e por isso lhe pede: “Gaspar, não exagere”.
“O Governo pode estar a levar o rumo da austeridade demasiado longe. Poderá estar a empurrar a economia portuguesa para uma espiral recessiva. Não vai conseguir curar o défice orçamental e reestruturar a dívida pública assim”, vaticina Paul De Grauwe.
No entanto, Vítor Gaspar merece elogios no que diz respeito ao corte da despesa. “O caminho que o Governo português está a adotar é o certo. É preciso cortar no défice e na dívida. Esse objetivo deve-se manter”, salienta Paul De Grauwe. No entanto, para o economista, a austeridade não é a única opção.
No Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde participa na conferência ‘Portugal em Mudança’, lançou um convite a uma mudança de política. “Há uma definição de inteligência que é: quando se vê que uma coisa não funciona, não se insiste nela…”, disse.
Por outro lado, o Banco Central Europeu tem de ser independente na sua ação. Ser “polícia e bombeiro” da Europa, simultaneamente, retira-lhe essa caraterística essencial, segundo De Grauwe. “É lamentável que o BCE faça parte da troika”, acusa.
Paul De Grauwe vê a Europa numa ‘luta’ entre norte e sul, com os países do norte a não pretenderem aquilo de que os países do sul necessitam: “estimular a economia”.
“Os países do norte não querem estimular a economia”, defendeu Paul De Grawe, apontando no sentido da Alemanha, sobretudo. Nesse sentido, o Governo de Portugal não deve seguir políticas de austeridade que ultrapassem os limites do suportável.
Na sua intervenção, o economista acusou os países do norte da Europa de quererem “fugir às suas responsabilidades”.
“Por cada devedor irresponsável, há um credor irresponsável. Mas, em grande parte da Europa, a crise é uma questão de moral: há os bons que têm excedentes, e os do sul, que têm dívidas”, defende.
Portugal e o Governo, em particular, devem fazer exigências, em vez de cumprir cegamente instruções. Os países em reestruturação de dívida podem estar a caminhar para a insolvência.
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