Ambulância ‘presa’ no protesto dos coletes amarelos em Braga

O protesto dos coletes amarelos gerou tensão em Braga, nesta manhã de sexta-feira, quando uma ambulância ficou ‘presa’ entre os veículos parados pelos manifestantes. Apesar da sinalização de que seguia em serviço de urgência, a viatura acabou ‘presa’ e obrigada a manobras extra para ultrapassar o protesto.

A situação ocorreu junto a uma rotunda na cidade bracarense, em São Vicente, e obrigou o veículo a um atraso na marcha para a unidade hospitalar.

De acordo com o jornal minhoto V, os manifestantes tentaram desde logo permitir a passagem do veículo de emergência, que viu a sua marcha dificultada por outros veículos que estavam parados, nomeadamente um pesado de passageiros.

Certo é que a viatura do INEM, ao serviço dos Bombeiros Sapadores de Braga, teve de procurar uma via alternativa, já que ficou bloqueada por outros veículos que estavam parados.

Após alguns momentos de indefinição, a viatura conseguiu sair do local e prosseguiu a marcha de urgência, por outro caminho.

A organização do protesto teve, depois, de se justificar à PSP, enquanto que a ambulância seguia em direção ao Hospital de Braga.

Nesta sexta-feira, recorde-se, todas as entradas norte de Braga, na rotunda das Infias, estão bloqueadas por mais de meia centena de coletes amarelos desde as 06h00, tendo-se registado já algumas altercações com automobilistas que tentavam passar, mas sem gravidade.

Apesar do bloqueio com pesados e ligeiros, existe no local uma ‘faixa de segurança na via’ para a passagem de viaturas de emergência, mas, nem tudo tem sido fácil.

Os protestos dos coletes amarelos em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.

Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.