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Alfred regressa à liberdade depois de 43 anos ‘vividos’ na solitária

O último Pantera Negra vai ser libertado. Alfred Woodfox foi preso em 1971, por assalto, e no ano seguinte esteve envolvido num motim em que morreu um guarda. O ‘angolano’, que sempre negou esse envolvimento, passou 43 anos na solitária e será o último do grupo a regressar à liberdade.

O último dos três ‘angolanos’ presos na prisão estatal do Louisiana, nos EUA, vai ser libertado dentro de dias, decidiu agora um juiz.

Alfred Woodfox, que foi preso em 1971, por assalto à mão armada, foi um dos três ‘angolanos’ do movimento Panteras Negras a estar envolvido num motim que ocorreu na prisão, mais conhecida pela alcunha de Angola (devido à proximidade de uma antiga plantação onde a maioria dos escravos era angolana), em abril de 1972.

Desse motim resultou a morte de um guarda prisional, com Woodfox, Robert King e Herman Wallace, os outros dois elementos dos Panteras Negras (um grupo ativista que lutou, entre 1966 e 1982, contra a discriminação racial nos EUA) que também estiveram envolvidos e foram condenados à solitária.

O facto de pertencerem ao mesmo movimento e de terem sido condenados à solitária, na maior prisão de segurança máxima do país, levou a que Woodfox, King e Wallace ficassem conhecidos como “os três de Angola”.

Robert King foi libertado em 2001 e Herman Wallace retomou a liberdade em 2013, vindo a morrer quase de seguida. Woodfox continuou preso, ainda em solitária.

O recluso sempre alegou que não esteve envolvido no motim e, agora, um juiz do estado do Louisiana deu-lhe razão. Afinal, Alfred Woodfox, hoje com 68 anos, foi julgado duas vezes sem conhecer a sentença, pelo que não seria justo (deliberou o magistrado) julgá-lo em 2015 por um incidente de 1972.

Opinião contrária teve a acusação, com os procuradores a prometerem “fazer tudo para que o assassino fique na prisão e permaneça responsável pelas suas ações”.

Para Juan Mendez, consultor contra a tortura da ONU, o caso dos “três de Angola” é um exemplo perfeito de como a solitária tem de ser um castigo excecional, devido ao elevado impacto psicológico, e só aplicável em curtos períodos de tempo.

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