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Alemanha apoia guerrilheiros para evitar células rebeldes em Moçambique

A Alemanha vai apoiar com projetos sociais os guerrilheiros da Renamo, desmobilizados no quadro do acordo de cessação de hostilidades, para sua reintegração social e evitar células de insurgência, disse à Lusa o embaixador.

Detlev Wolter disse que alguns projetos de cooperação em Moçambique vão ser redirecionados e centrar-se na inserção social dos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no âmbito do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração social (DDR), como forma de assegurar o seu regresso à vida civil.

“Nós temos os nossos projetos de cooperação focados na província de Sofala, e é onde estão concentrados muitos guerrilheiros da Renamo”, disse Detlev Wolter.

O diplomata disse ser crucial o apoio ao grupo de guerrilheiros para se evitar focos de insurgência por falta de inserção social e congratulou-se com a assinatura do acordo do fim das hostilidades, que garante o regresso normal dos militares à vida civil.

“É importante o apoio para a inserção social destes guerrilheiros”, disse Detlev Wolter, reagindo aos apelos do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para que a comunidade internacional mobilize projetos de apoio à reintegração na sociedade dos guerrilheiros desmobilizados.

Pelo menos 5.221 guerrilheiros das províncias de Sofala, Inhambane, Tete, Niassa e Nampula deverão ser inscritos para o seu Desarmamento, Desmobilização e Reintegração social, num processo que arrancou na segunda-feira, 29 de julho.

No primeiro dia, um grupo de 50 guerrilheiros, que fizeram filas na antiga base da Renamo em Sadjundjira, Gorongosa, para se inscrever no processo, seis entregaram as armas do tipo AKM e pistolas, algumas já fora de uso, e os restantes 44, incluindo mulheres, apresentaram-se com fisgas.

Na quinta-feira, o Presidente moçambicano e o líder da Renamo, Ossufo Momade, assinaram o acordo de cessação das hostilidades, para o fim formal dos confrontos entre as forças governamentais e o braço armado do principal partido da oposição.

O processo de paz para Moçambique prevê ainda um acordo de paz mais amplo, a ser assinado em agosto, desta feita em Maputo, mas ainda em data a definir, e que prevê a integração nas forças de segurança do contingente armado da Renamo.

O acordo de cessação de hostilidades foi assinado numa altura em que se regista a contestação da Junta Militar da Renamo a liderança do partido e o rumo das negociações de paz, e um dia depois do ataque a um camião de carga e um autocarro de passageiros, que resultou em um morto.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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