Júlio Loureiro, o funcionário judicial suspeito de ter passado informações ao assessor jurídico do Benfica, garantiu nunca ter acedido a qualquer processo. “Vou provar a minha inocência”, frisou.
Em declarações à CMTV, depois de ter saído do tribunal, o funcionário do Tribunal de Guimarães assegurou que não acedeu a processos judiciais para deles passar informação a Paulo Gonçalves.
“Continuo a trabalhar, continuo a considerar-me inocente, nunca acedi a nenhum processo, nunca fiz nada de ilegal, nunca cometi nenhum crime”, afirmou.
Acusado de 67 crimes, Júlio Loureiro prometeu que “em breve” irá “provar a minha inocência”.
O arguido no processo E-Toupeira chegou a estar detido e com o computador apreendido, na sequência das buscas realizadas em março.
De acordo com a acusação do Ministério Público, era Júlio Loureiro quem, a par de José Silva, acedia ilicitamente ao sistema judiciário Citius para recolher informações sobre “inquéritos em curso e em segredo de justiça”, visando a SAD do Benfica e “clubes adversários e seus administradores ou colaboradores”.
Essas informações eram depois encaminhadas a Paulo Gonçalves, com “conhecimento do presidente da Sociedade Anónima Desportiva” do Benfica, Luís Filipe Vieira.
Ontem, o dirigente encarnado leu uma declaração a reiterar que não existe na acusação “qualquer conduta que relacione a Benfica SAD com qualquer dos crimes descritos”.
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