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África do Sul reafirma relacionamento estratégico com Rússia

A África do Sul reafirmou o compromisso em manter um “relacionamento estratégico” com a Rússia, antigo aliado do Congresso Nacional Africano (ANC, sigla em Inglês), no poder desde 1994, após a queda do ‘apartheid’.

“A área de livre comércio em África representa uma oportunidade para os países africanos participarem com a Rússia de maneira significativa e isto para nós é muito importante. A África do Sul permanecerá empenhada na relação estratégica com a Federação Russa”, afirmou em Sochi o chefe de Estado Sul-africano, Cyril Ramaphosa, numa declaração transmitida pelo canal de televisão sul-africano ENCA.

Ramaphosa, que falava após um encontro com o Presidente Vladimir Putin, em Sochi, Rússia, onde participa a convite do seu homólogo russo na cimeira Rússia-África, adiantou que “existe ampla oportunidade” para se incrementar o comércio entre a Rússia e a África do Sul, estimado em cerca de mil milhões de dólares por ano.

O chefe de Estado sul-africano não precisou, contudo, se o “relacionamento estratégico” que Pretória procura manter com Moscovo contempla apenas a canalização de interesses russos para a África do Sul ou se irá abranger também a entrada de empresas sul-africanas no mercado russo.

“As relações bilaterais entre a República da África do Sul e a Federação Russa encontram-se a um nível ótimo e continuam a ser impulsionadas pela sua força”, referiu a Presidência da República sul-africana, num comunicado divulgado na sua página de internet.

Na quarta-feira, dois bombardeiros nucleares Tupolev Tu-160 aterraram na base aérea militar de Waterkloof, arredores de Pretória, em “missão de treino”, segundo a Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF, na sigla original) citada pelo ENCA.

Observadores acreditam que a presença dos dois aviões bombardeiros na África do Sul, na véspera da cimeira em Sochi, reflete a intenção de Moscovo de reforçar a sua influência e a venda de armamento no continente africano, onde durante décadas financiou, equipou e participou militarmente no derrube de regimes contrários à sua ideologia até à década de 1990, deixando as atuais sociedades africanas profundamente debilitadas.

A Rússia, que recentemente se envolveu num conflito armado na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, país vizinho da África do Sul, vai realizar pela primeira vez em novembro exercícios navais militares com a marinha de guerra sul-africana, na base de Simon’s Town, sede daquele ramo das Forças Armadas da África do Sul no sul do país.

Em comunicado, a SANDF refere que “a SA Navy será pela primeira vez anfitriã das marinhas da Federação Russa e da República Popular da China para um exercício que focará a economia marítima, interoperabilidade e o reforço de relações entre as forças participantes”.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: África

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