Adesão à greve dos enfermeiros no Norte varia entre 9,5 e os 62 por cento, estima a ARS Norte

O conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte afirmou hoje que a percentagem de adesão à greve dos enfermeiros, que começou na segunda-feira, “oscila entre os 9,5 por cento e os 62 por cento”.

Em declarações à Lusa, no primeiro de cinco dias de greve dos enfermeiros, o dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE), José Correia Azevedo, disse que a adesão rondava os 90 por cento e que só no Hospital de São João, no Porto, foram adiadas “400 cirurgias programadas”.

Em comunicado, a ARS/N afirma que “a percentagem de adesão verificada é variável, oscilando entre os 9,5 por cento e os 62 por cento – com maior predominância para o intervalo entre os 30 e 40 por cento – ao contrário do que tem vindo a ser noticiado, informando uma participação, em alguns hospitais, superior a 90 por cento”.

Pela análise da informação de segunda-feira e da até ao momento recolhida, nomeadamente através das diferentes unidades hospitalares da região Norte, com exceção do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Unidade Local de Saúde do Alto Minho e Hospital de Barcelos, “todo o programa cirúrgico, ainda que com limitações e adiamento de algumas cirurgias, funcionou”, refere.

“No que respeita a consultas de ambulatório – de especialidade hospitalar – as agendas foram sendo cumpridas, com números de adiamentos, na maior parte dos casos, residuais e, em algumas unidades, até com realização a 100 por cento”, sustenta a ARS/N.

Acrescenta que “nos cuidados de saúde primários de toda a região, também, até ao momento, não foi reportado ao conselho diretivo qualquer situação de rotura que, em função da mesma, tivesse que se proceder ao encerramento de qualquer unidade”.

Esta greve dos enfermeiros, marcada pela FENSE, que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE), visa protestar contra o impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho, que começou há um ano.

Os enfermeiros exigem a conclusão da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho entregue pelos sindicatos em 16 de agosto de 2016 e pretendem que seja criada uma carreira especial de enfermagem que integre a categoria de enfermeiro especialista.

Reclamam também o descongelamento da carreira, lembrando que o Estado deve aos enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões, e a revisão das tabelas remuneratórias.

Lusa

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