As monções anuais, responsáveis por chuvas e ventos fortes, estão prestes “a varrer” os acampamentos onde cerca de 700.000 muçulmanos rohingya vivem em cabanas feitas de bambu e plástico, construídas ao longo de colinas íngremes, alertaram várias organizações, de acordo com as agências noticiosas France Presse e EFE.
A ponta sul de Bangladesh está a menos de três metros acima do nível do mar. As chuvas intensas, combinadas com as marés, colocam até mesmo cidades importantes, como Chittagong, ao alcance da água.
Várias organizações humanitárias alertaram para uma possível catástrofe nos campos de refugiados. O abastecimento prévio dos campos é fundamental uma vez que as enchentes podem facilmente bloquear os meios obter alimentação, água e assistência médica.
De acordo com as organizações, chuvas ocasionais já atingiram os campos, com a monção completa prevista para as próximas semanas.
Na quarta-feira, a missão das Nações Unidas pediu uma investigação aos crimes cometidos contra a minoria rohingya na Birmânia e defendeu que se criem condições para o regresso de centenas de milhares de refugiados que fugiram para o Bangladesh.
“É muito importante melhorar as condições para o regresso dos refugiados”, afirmou o diplomata peruano Gustavo Meza-Quadra, no fim da visita ao país da missão criada pelo Conselho de Segurança.
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