Uma campanha da Zon levou a Direção-Geral do Consumidor (DGC) a condenar a empresa a uma multa de 10 mil euros, por publicidade enganosa, ao utilizar a expressão “fibra” numa das suas campanhas. A sentença vai merecer recurso da Zon, empresa que é acusada pela PT de “clonar produtos e serviços Meo Fibra”, para fazer crer os potenciais clientes de que dispõe de um tecnologia que “não tem”.
A DGC condenou a Zon ao pagamento de uma multa de 10 mil euros, no seguimento de uma queixa apresentada pela PT Comunicações, em 2009. Esta empresa da Portugal Telecom baseou a sua queixa na campanha do seu concorrente, intitulada “Mais de 1 milhão de casas ligadas à Zon Fibra”.
Segundo a Lusa, a PT Comunicações acusava a Zon de iludir os clientes com publicidade enganosa. Aquela empresa da PT alega que o concorrente procurou vender produtos e serviços “aludindo recorrentemente à expressão ‘fibra’”, sem que tivesse feito menção da “existência de uma rede híbrida”, com “a utilização de cabos coaxiais”.
Desse modo, segundo a PT Comunicações, “a Zon tenta de forma clara iludir o consumidor”, numa tentativa de “clonar os produtos e serviços Meo Fibra”, para, desse modo, “fazer crer que dispõe de tecnologia que efetivamente não tem”.
Depois de ter sido notificada desta decisão da DGC, a Zon revelou que vai decorrer da mesma. De acordo com esclarecimento à agência Lusa por parte de uma fonte da empresa, trata-se de uma campanha que “já foi retirada”.
A PT Comunicações sustenta que houve um aproveitamento da Zon nos equipamentos e investimentos da PT, no produto Meo Fibra. A DGC teve visão idêntica, condenando a Zon a pagar uma multa de 10 mil euros.
Recorde-se que em 2009 o Instituto Civil de Autodisciplina considerou que aquela publicidade era “enganosa”, recomendando à Zon que a suspendesse de modo imediato, o que aconteceu. A Zon não concorda com a sentença da DGC e vai recorrer da mesma.