A farmacêutica Sanofi Pasteur, do grupo francês Sanofi, entrou na corrida pela vacina contra a doença do momento: o Zika. O laboratório vai estudar “vírus idênticos” para tentar combater uma doença que a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou como emergência global de saúde pública.

A Sanofi lembrou, em comunicado, a recente aprovação da Dengvaxia, uma vacina contra a dengue, para sustentar a pesquisa de uma vacina contra o Zika apoiada “nos sucessos obtidos no desenvolvimento de vacinas contra vírus idênticos”.

A entrada da farmacêutica francesa na corrida pela vacina surge numa altura em que a OMS classificou os efeitos do vírus como emergência global de saúde pública.

Ainda não foi provada a relação entre o vírus Zika, transmitido por um mosquito, e os casos (cada vez mais numerosos) de microcefalia e de desordens neurológicas, que já são uma epidemia no Brasil.

“Estou agora a declarar que o recente surto de casos de microcefalia e outras condições neurológicas anormais reportadas na América Latina, depois de um surto semelhante da Polinésia Francesa em 2014, constitui uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”, afirmou Margaret Chan, diretora-geral da OMS.

Segundo o ministro da Saúde do Brasil, que prestou declarações à agência Reuters, o vírus Zika será diretamente responsável pelos 3700 casos confirmados ou suspeitos de casos de recém-nascido afetados com microcefalia.