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Zika propagou-se a todo o Brasil e há 944 casos de microcefalia confirmados

virus zikaUm relatório do Ministério da Saúde do Brasil sobre o avanço do vírus zika revela que há 944 casos de microcefalia e que o vírus já chegou a todo o país. Nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre e Amapá – que não tinham registos de transmissão local – foram detetados casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

O Ministério da Saúde do Brasil atualizou a informação sobre o zika e revelou que o vírus já se propagou a todos os 26 estados do país e ao distrito federal.  Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre e Amapá, onde não havia registos de transmissão, já apresentam casos de infetados.

No mesmo relatório, são adiantados outros números sobre a evolução do vírus. O ministério fez saber que estão já confirmadas 208 mortes, além de 944 ocorrências de microcefalia.

Do total de mortes ocorridas logo após o parto ou em casos de aborto, verificaram-se 47 vítimas com microcefalia. No entanto, o dado é provisório, já que 139 óbitos estão a ser investigadas. Somente 22 foram descartados.

Com a chegada do zika a todo o Brasil fica demonstrada a rapidez com que o vírus se propaga. O que intriga as autoridades de saúde, que não encontram os motivos que expliquem esta rapidez.

As autoridades suspeitam de que se deva aos sintomas – mais ligeiros que dengue, por exemplo – que os pacientes apresentam.

“Como em alguns casos a doença não traz sintomas, pessoas infetadas expõem-se mais  e ficam mais vulneráveis a picadas de mosquitos”, explicou ao jornal O Estado de S. Paulo o especialista Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Mas não é só a expansão do vírus que preocupa as autoridades brasileiras. O relatório sublinha que há um número superior de suspeitas de casos de microcefalia.

Até ao momento, estão identificados 6776 bebés com suspeitas de malformação – mais 1,5 por cento do que se verificava há uma semana.

A microcefalia pode ser provocada por diversos motivos, desde problemas genéticos a infeções, mas há fortes suspeitas de que o problema resulte da infeção pelo vírus zika.

O Ministério da Saúde reconhece que o Brasil está a lidar com lentidão nos processos de confirmação ou desmentido de suspeitas. Nesse sentido, foram lançadas diversas medidas para corrigir este problema.

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