Cultura

You Can’t Win, Charlie Brown assinalam dez anos de existência sem nostalgias

Os portugueses You Can’t Win, Charlie Brown celebram dez anos, uma data redonda que está a servir para olhar para trás e para confirmar que ainda faz sentido estarem juntos, disse à Lusa o músico David Santos.

O grupo inicia no dia 13, em Lisboa, uma série de 13 concertos por palco nacionais, precisamente para celebrar uma década de existência, desde que lançou em 2009 a música “Sad Song”.

Em declarações à agência Lusa, o músico David Santos, um dos fundadores dos You Can’t Win, Charlie Brown, explicou que a banda tem estado a ensaiar cerca de duas dezenas de músicas, e o alinhamento desta digressão será moldado concerto a concerto.

“O que estamos a preparar é um bocadinho uma retrospetiva destes anos todos”, na esperança de que, quem vá ver, possa ter uma noção de evolução do trabalho de composição do grupo, explicou.

Depois de Lisboa, os You Can’t Win, Charlie Brown apresentam-se no dia 14 em Guimarães, no âmbito do Suave Fest, e no dia 15 em Coimbra.

A série de atuações prosseguirá pelo Porto (dia 19), Viseu (dia 20) e Aveiro (dia 21). Em outubro, o grupo estará em Portalegre (dia 04 e dia 12), Évora (dia 05), Faro (dia 11), Torres Vedras (dia 13), Fundão (dia 18) e Leiria (dia 19).

“Dez anos não é assim tanto tempo. Entre 10 a 15 anos é quase o tempo em que todos nós estamos na música. Não acho que tocar as músicas mais antigas a gente sinta nostalgia muito grande. É engraçado perceber que já passou tanto tempo e que dez anos são dez anos. […] Estamos juntos há muito tempo e faz sentido isto continuar”, disse.

Os You Can’t Win, Charlie Brown surgiram em 2009, quando o tema “Sad Song” foi incluído na coletânea de música portuguesa “Novos Talentos FNAC”. Um ano depois lançaram o EP, homónimo, feito quando a banda ainda só era um quarteto com Afonso Cabral, Salvador Menezes, Luís Costa e David Santos.

“Na altura, quando começámos a tocar mais ou vivo, houve necessidade de ter uma bateria e mais mãos para tocar. E entraram o Tomás Sousa e o João Gil”, recordou.

Ligado por laços criativos, familiares (três dos elementos são primos) e de amizade, o sexteto editou três álbuns – “Chromatic” (2011), Diffraction/Refraction” (2014) e “Marrow (2016) -, pelo meio fez uma versão ao vivo do álbum “The Velvet Underground & Nico”, dos The Velvet Underground, e providenciou a banda sonora para o filme “Maudite soit la guerre” (1914), de Alfred Machin, num cine-concerto para o Curtas de Vila do Conde.

Da formação inicial, entretanto saiu o guitarrista Luís Costa, tendo sido substituído ao vivo por Guilherme Canhão e, agora para os próximos concertos, o guitarrista Pedro Branco.

Cada um dos músicos dos You Cant Win, Charlie Brown desdobra-se por outros projetos dentro e fora da música, mas há “uma dinâmica de proximidade” entre todos e a cadência dos ensaios regulares numa sala de ensaios, sublinhou David Santos.

Fora dos You Can’t Win, Charlie Brown, Afonso Cabral editou recentemente o primeiro álbum a solo, “Moradia”, e integra a formação de Bruno Pernadas, Salvador Menezes estreou-se a solo em 2018 com “Novas ocupações”, David Santos é também conhecido como noiserv, Tomás Sousa integra Minta & The Brook Trout, e João Gil faz parte dos Diabo na Cruz.

Depois destes dois meses de concertos pelo país, o grupo poderá planear um novo álbum para 2020.

Em destaque

Subir