‘Yes, Obama could’: vantagem mínima no Ohio assegura reeleição ainda sem os votos da Florida

Uma vantagem escassa no Ohio permitiu a Barack Obama contabilizar a maioria dos votos do colégio eleitoral e ser reeleito Presidente dos Estados Unidos da América, enquanto prossegue a contagem na Florida. Porém, os democratas perderam a Câmara dos Representantes para os republicanos.

O estado do Ohio foi decisivo para a eleição do Presidente dos Estados Unidos da América. Com um triunfo por margem escassa, tal como no importante estado da Virgínia, Barack Obama conseguiu somar os votos necessários no colégio eleitoral para ser reeleito Presidente, mesmo sem se saber qual o resultado das eleições na Florida, estado com 29 votos no colégio eleitoral.

Após uma das campanhas mais equilibradas de sempre, Obama abriu a porta a um entendimento futuro com o rival republicano e respetivo ‘número dois’, Mitt Romney e Paul Ryan: “podemos trabalhar juntos para levar o país adiante”. Uma possibilidade que será quase uma certeza: é que os democratas ganharam o Senado, mas perderam a Câmara dos Representantes. Como tem acontecido nos últimos quatro anos, uma proposta de Lei pode andar por tempo indeterminado num ‘pingue-pongue’ entre as duas câmaras parlamentares.

“Acabei de ligar ao Presidente Obama para o felicitar pela sua vitória. Os seus apoiantes e a sua campanha também merecem os parabéns”, respondeu Romney, em Boston, abordando também os problemas que se avizinham entre Senado e Câmara dos Representantes: “a nação está num ponto crítico. Numa altura como esta, não podemos arriscar partidarismos e quezílias políticas. Os nossos líderes têm de estar abertos a alianças e trabalharem para o povo”.

O candidato republicano conseguiu triunfar na Carolina do Norte e no Indiana, estados ganhos por Obama em 2008. O Presidente reeleito saiu vitorioso em alguns ‘swing states’, os estados onde nenhum dos partidos tem uma maioria tradicionalmente assegurada: Colorado, Pensilvânia, Michigan, Minnesota, Virgínia e Wisconsin. Ainda assim, foi no Ohio, o principal ‘swing state’, que se resolveu a corrida eleitoral.

Na Florida, estado que em 2001 foi decisivo para o triunfo de George W. Bush (mesmo com a denúncia de fraudes), ainda se contavam os votos quando se soube que era impossível alterar a dinâmica de vitória democrata. Obama tinha então 309 delegados no colégio eleitoral, contra os apenas 206 de Romney. Com 29 mandatos, a Florida não foi um estado decisivo para as contas, contrariando as previsões.