Xi Jinping, futuro Presidente da China, não quer um país a “descansar à sombra dos louros”

A China tem “muitos desafios sérios” para enfrentar, incluindo “problemas urgentes dentro do partido”, assumiu o novo secretário-geral, Xi Jinping, que a partir de março será o Presidente de um país que, salienta, “o mundo necessita de conhecer melhor”.

“Corrupção, o divórcio do povo, formalismos  e burocratismo”. Os problemas do Partido Comunista da China (PCC) são os problemas do ‘império do meio’, a segunda maior economia mundial. Na apresentação do comité central do PCC, o novo secretário-geral do PCC e futuro Presidente do país (cargo que passa a exercer em março de 2013), Xi Jinping, de 59 anos, prometeu “fazer todos os esforços” para resolver os “problemas urgentes”.

“Sob novas condições, o nosso partido enfrenta muitos desafios sérios  e há também muitos problemas urgentes dentro do partido que precisam de  ser resolvidos, particularmente a corrupção, o divórcio do povo, formalismos  e burocratismo. Temos de fazer todos os esforços para resolver estes problemas.  Todo o partido deve estar em alerta total”, afirmou.

O discurso de Jinping retomou os avisos do ainda Presidente do país. Antes de deixar a liderança do PCC, Hu Jintao alertara que “a corrupção poderá ser fatal para o partido e até  causar o colapso do partido e a queda do Estado”. É indispensável que os dirigentes passem a “melhorar  o comportamento” e a “manter estreito contacto com o povo”, como sublinhou o sucessor de Jintao.

“O nosso povo ama ardentemente a vida. Ele deseja melhor educação, empregos  mais estáveis, rendimentos mais altos, maior segurança social, melhor assistência  médica, melhores condições de habitação e um melhor meio ambiente”, descreveu Xi Jinping, assegurando que o Governo chinês “prosseguirá a política de reforma e abertura” e “libertará e desenvolverá as forças produtivas”.

Na sequência do 18.º Congresso  do PCC, “tal como a China precisa de saber  mais acerca do mundo, também o mundo necessita de conhecer melhor a China”, explicou o novo secretário-geral, que no Comité Permanente do Politburo terá como “camaradas” Li Keqiang, Zhang Dejiang, Yu Zhengsheng,  Liu Yunshan, Wang Qishan e Zhang Gaoli.