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X-Raid com o seu próprio Buggy Mini no Dakar

A tendência seguida pela Peugeot com o seu 3008 DKR, pode vir a ser seguida pela concorrência, nomeadamente a X-Raid, que revelou o seu próprio Buggy Mini de duas rodas motrizes, que vai alinhar na próxima edição do Rali Dakar ao lado dos mais convencionais Mini 4AllRacing.

Enquanto os Mini baseados nos JCW Rally e os Toyota Hilux Evo apostam na tração integral face aos favoritos Peugeot, o novo Buggy da equipa de Sven Quandt é visto como uma espécie de ‘laboratório’ para o futuro.

Os três Buggy Mini inscritos pela X-Raid serão confiados a Mikko Hirvonen, Bryce Menzies e Yazeed Al Rajjhi, enquanto que os Mini 4AllRacing serão entregues a Orlando Terranova, Nani Roma, Jakub Pryzgonski e Boris Garafulic, este último ‘navegado’ pelo português Filipe Palmeiro.

“Face as vantagens do regulamento, tivemos a ideia de construir um buggy. O conjunto aerodinâmico tem uma importância maior e foi melhorado em conjunto com a KLK Motorsport com várias simulações. É o primeiro buggy que concebemos e construímos”, afirmou a propósito o ‘patrão’ da X-Raid, Sven Quandt.

O projeto terá começado em fevereiro deste ano, com 45 engenheiros da X-Raid implicados, sem contar com numerosos parceiros. O bloco do motor é baseado no seis cilindros da marca de Munique, e inclui dois turbocompressores refrigerados a ar. A caixa de velocidades Xtrac sequencial continua a ter seis velocidades, enquanto que o chassis foi desenvolvido pela Heggemann.

Depois de um primeiro ‘shakedown’ próximo de Trebur (Alemanha) em setembro, seguiram-se três semanas de testes em Marrocos, onde, segundo Sven Quandt, foi possível melhorar vários aspetos do Mini Buggy, que parece não ter tido problemas significativos. O objetivo será não deixar de fora qualquer detalhe, para que possa ser competitivo e fiável no Rali Dakar.

“Há várias coisas a que nos temos de habituar. Em quase todos os terrenos o buggy deve ser guiado de forma muito diferente de um 4×4. Nas estradas com muitas bossa poderemos andar muito mais depressa, e vai faltar-nos tempo para encontrar o limite”, explica Mikko Hirvonen.

O finlandês explica ainda: “A velocidade que se tem nas bossas é incrível. Ao mesmo tempo nas partes de especiais do género WRC o buggy é menos preciso que o 4×4. Por outro lado a propulsão faz-nos escorregar um pouco mais. Mas penso que encontramos um bom equilíbrio. Nas dunas a diferença é importante, e no começo foi-nos difícil guiar nas maiores. Isso poderá ser um grande desafio, em particular no Dakar”.

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