Sebastien Ogier fez na segunda etapa do Rali de Portugal o que prometera na véspera. Atacou a liderança e conseguiu-a, bastando para tal impor-se na primeira classificativa da tirada. E a partir daí o campeão do Mundo começou a ganhar terreno a Mikko Hirvonen.
As escolhas de pneus, que no final da primeira etapa tinham permitido a Hirvonen assumir o comando do rali, acabaram por ser igualmente determinantes neste terceiro dia de prova, já que ao apostar em pneus mais duros Ogier tirou vantagem, pois as misturas mais macias utilizadas pelo finlandês rapidamente se deterioraram nas duas passagens pelas classificativas de Santa Clara, Santana da Serra e Malhão.
No final da etapa mais de meio minuto ficou a separar os dois primeiros, enquanto Mads Ostberg foi solidificando a terceira posição, que procurará manter até final do rali. Um pódio muito importante para a Citroën, já que segundo o presidente da PSA, Carlos Tavares, isso é essencial para manter a marca no Campeonato do Mundo de Ralis.
Embora sem ser particularmente rápido, Dani Sordo (foto) foi consistente ao longo da tirada, e isso permitiu-lhe manter a quarta posição. Resultado muito importante para o espanhol e para a Hyundai, que viu Thierry Neuville atrasar-se na sequência de um toque na segunda passagem por Santana da Serra.
Do percalço do belga, que afetou a suspensão do seu i20WRC, se aproveitou Hening Solberg para terminar a etapa no quinto posto. O regressado veterano norueguês foi bastante consistente, e fez esquecer alguns problemas da véspera.
Mas o grande azarado do dia foi mesmo Ott Tanak. O jovem piloto estónio, que tinha partido para a etapa num excelente segundo posto, não evitou um erro que lhe custaria caro na primeira passagem pelo troço de Malhão, capotando o seu Ford Fiesta. Felizmente do acidente não resultou nenhum dano físico para Tanak e o seu navegador
Já Jari-Matti Latvala regressou à prova ao abrigo da regra ‘Rally 2’, embora bastante atrasado, mas ainda deu um ar da sua graça. O finlandês da Volkswagen foi o único piloto a quebrar a hegemonia de Ogier, vencendo uma classificativa.
Bernardo Sousa manteve-se como o melhor português em prova, apesar de alguns problemas no seu Ford Fiesta R5. O piloto madeirense concluiu a etapa entre os 15 primeiros da geral, e entre os cinco melhores da categoria WRC2, que é agora liderada por Nasser Al-Attiyah (foto).
Com a decisão de Pedro Meireles e Ricardo Moura não irem além da primeira etapa – a única pontuável para o campeonato nacional – João Barros passou a ser o segundo melhor piloto nacional em prova, na 29.ª posição da classificação geral.
Este domingo disputa-se a última etapa do rali, com três classificativas, uma passagem por São Brás de Alportel e duas por Loulé, a segunda das quais é a Power Stage, atribuindo pontos suplementares.
Classificação após 13.ª PE
1.º Sébastien Ogier/Julien Ingrassia (Volkswagen) 303m39,8s
2.º Mikko Hirvonen/Jarmo Lehtinen (Ford) + 38,1s
3.º Mads Ostberg/Jonas Andersson (Citroën) + 1m26,7s
4.º Dani Sordo/Marc Marti (Hyundai) + 1m46,7s
5.º Hening Solberg/Ilka Minor (Ford) + 4m29,9s
6.º Andreas Mikkelsen/Mikka Markkula (Volkswagen) + 4m44,8s
7.º Martin Prokop/Jan Tomanek (Ford) + 7m21,5s
8.º Juho Hänninen/Tomi Tuominen (Hyundai) + 7m30,6s
9,º Thierry Neuville/Nicolas Gilsoul (Hyundai) + 7m31,4s
10.º Nasser Al-Attiyah/Giovanni Bernanchini (Ford) + 9m24,7s
