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Wikileaks: Guantánamo com inocentes detidos e terroristas extraditados pelos EUA

Segundo o Wikileaks, alguns presos de Guantánamo são inocentes, detidos pelos EUA para fornecerem informações. Por outro lado, foram libertados presos de alto risco, perigosos terroristas, por constituírem perigo para os norte-americanos. O Pentágono já lamentou a divulgação de 700 documentos militares, que provam estas detenções.

São mais de 700 documentos oficiais, aos quais o Wikileaks teve acesso e que foram divulgados por alguns jornais de referência: New York Times, Washington Post e El País. Estes periódicos baseiam-se na informação do Wikileaks e denunciam a política dos EUA relativamente aos presos de Guantánamo. A culpa ou inocência não são a base das detenções e libertações.

Os interesses dos Estados Unidos e seus aliados determinam a prisão ou libertação. Cerca de 200 perigosos terroristas, considerados presos de alto risco, foram deportados para diversos países – sem que a segurança dessas nações fosse acautelada –, ao mesmo tempo que pessoas inocentes foram mantidas em Guantánamo.

São mais de 700 documentos militares, oficiais, que garantem que essa libertação foi feita sem supervisão. Por outro lado, inocentes eram mantidos em cativeiro, apenas por interesse dos EUA, que pretendiam obter desses presos informação. Mais: seis em cada dez presos eram pessoas que não constituíam qualquer ameaça.

A maioria da informação é divulgada através do Wikileaks – mais de 700 interrogatórios realizados a detidos em Guantánamo. No entanto, o The New York Times garante que teve acesso a outras fontes que confirmaram a detenção de inocentes e libertação (com extradição) de presos de alto risco.

Já há reação oficial do Pentágono, através do assessor de imprensa Geoff Morrell, citado pela Associated Press. “Lamenta-se que vários jornais tenham publicado documentos obtidos de forma ilegal por parte do Wikileaks”, disse Morrell.

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