Economia

Wall Street fecha trimestre em alta graças a desanuviamento EUA-China e Apple

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores satisfeitos com o desanuviamento na frente comercial sino-norte-americana e o desempenho do título Apple.

O resultado definitivo da sessão indicou que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 0,36 por cento, para os 26.916,83 pontos.

Mais fortes foram os ganhos do tecnológico Nasdaq, que subiu 0,75 por cento, para as 7.999,34 unidades, e do alargado S&P500, que avançou 0,50 por cento, para as 2.976,74.

“As informações segundo as quais os EUA iam começar a proibir os investimentos de carteira na China foram desmentidas por dirigentes políticos durante o fim de semana”, afirmou Quincy Krosby, da Prudential.

A agência noticiosa Bloomberg tinha, com efeito, tinha divulgado na sexta-feira que o Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, admitia condicionar aqueles investimentos na China, o que tinha feito recuar as cotações na praça nova-iorquina.

Entre as opções ponderadas estavam a saída das empresas chinesas das bolsas norte-americanas ou a imposição de limites ao investimento dos fundos de pensões públicos ao mercado chinês, afirmou a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do assunto.

Mas uma porta-voz do Departamento do Tesouro indicou, no sábado, através da rede social Twitter, que “a administração (o governo) não pretende bloquear as empresas chinesas nos mercados norte-americanos de momento”.

Este desmentido pareceu tranquilizar os investidores quanto ao desenvolvimento das negociações comerciais sino-norte-americanas.

Segundo Krosby, os investidores “esperam que haja mesmo um encontro entre negociadores chineses e norte-americanos no início de outubro”.

Várias ações de empresas chinesas cotadas em Wall Street beneficiaram com a distensão da conjuntura, com a Alibaba a valorizar 0,75 por cento, a JD.com 1,4 por cento e a Baidu 1,53 por cento.

Na frente dos indicadores económicos, a atividade industrial na China conheceu em setembro uma recuperação inesperada, segundo um índice independente do gabinete IHS Markit, divulgado hoje.

Este atingiu os 51,4 pontos em agosto, depois dos 50,4 no mês anterior, no que é o nível mais alto desde fevereiro de 2018.

A praça nova-iorquina também beneficiou da forte progressão da ação Apple, que fechou com ganhos de 2,35 por cento.

Um analista do banco JP Morgan reviu em alta a previsão do preço da ação da Apple de 243 dólares para 265, apostando em particular em vendas superiores ao esperado do novo modelo da iPhone.

A sessão de hoje foi, por outro lado, a última do trimestre, o que é uma ocasião para os gestores de investimentos fazerem operações de forma a melhorar a apresentação do seu balanço ou das suas contas.

“Isto tem tendência a maximizar os volumes das trocas”, relativizou Krosby.

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