Economia

Wall Street fecha sem direção mas com recorde do Dow Jones

A bolsa nova-iorquina fechou hoje sem direção, com o Dow Jones a fixar novo recorde, graças às progressões da Boeing e Walgreens, e as dúvidas sobre as negociações sino-norte-americanas a pesarem sobre o Nasdaq.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average apreciou-se em 0,04 por cento, o suficiente para fixar um novo máximo nos 27.692,47 pontos.

Para tal contribuíram a valorização do título da Boeing, em 4,55 por cento, depois de ter anunciado o adiamento para janeiro do regresso aos voos comerciais dos seus aparelhos 737 MAX, reduzidos ao solo desde março passado, em consequência de dois acidentes que provocaram a morte a 346 pessoas.

Mas o construtor aeronáutico também sublinhou que continua a esperar receber em dezembro a autorização do regulador norte-americano da aviação (FAA, na sigla em inglês) para a utilização do aparelho, o que lhe permitiria retomar a venda destes aviões antes do final do ano.

A cadeia de farmácias Walgreens Boots Alliance, que também integra o seletivo Dow Jones, valorizou 5,08 por cento. Segundo a agência noticiosa Bloomberg, a sociedade de investimento KKR abordou formalmente a Walgreens para lhe propor a sua aquisição, seguida de retirada da bolsa.

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq, que recuou 0,13 por cento, para as 8.464,28 unidades, e o alargado S&P500, que não registou qualquer variação pontual, foram travados pelo aumento de inquietações com o desenrolar das negociações sino-norte-americanas.

“Os investidores procuram determinar onde estão exatamente, na medida em que as mensagens provenientes da Casa Branca, sobre este assunto, são divergentes”, sublinhou Art Hogan, da National Holdings.

Em concreto, o Presidente norte-americano, Donald Trump, arrefeceu o otimismo dos investidores ao declarar-se, na sexta-feira, opositor ao levantamento da totalidade dos direitos alfandegários aplicados a importações chinesas, no montante de centenas de milhares de milhões de dólares.

Os investidores receiam que as tensões crescentes em Hong Kong, que conheceu hoje uma das jornadas mais violentas e caóticas dos últimos cinco meses de mobilização por reformas democráticas, possam desestabilizar as negociações comerciais.

As transações bolsistas foram reduzidas, devido à ausência de vários investidores e ao encerramento do mercado obrigacionista no dia de celebração dos Antigos Combatentes.

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