Economia

Wall Street fecha com ganhos mas com perplexidade face às disputas comerciais

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, depois de uma sessão de subidas e descidas, com os investidores ajudados pelos setores da tecnologia e banca, mas perplexos face às tensões comerciais.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,41 por cento, para os 24.216,05 pontos.

O tecnológico Nasdaq apreciou-se 0,79 por cento, para as 7.503,68 unidades, e o alargado S&P500 valorizou 0,62 por cento, para as 2.716,31.

As cotações oscilaram fortemente durante toda a primeira parte da sessão antes de se instalarem decididamente em terreno positivo.

“Começamos a ver as carteiras de investimento a reequilibrarem-se” quando se aproxima o fim do mês e do trimestre, salientou Art Hogan, da B. Riley FBR. Os movimentos do dia, na sua opinião, são “mais explicados pelo calendário do que por novas notícias”.

Por seu lado, William Lynch, gestor de investimento na Hinsdale Associates, considerou que “os investidores não sabem como se posicionar perante a problemática das trocas comerciais”.

Este investidor salientou que “Trump e os seus diversos conselheiros económicos todos os dias divulgam novas informações, por vezes contraditórias, e tardam-se a ver os efeitos benéficos das sanções comerciais garantidos pelo governo”.

Ainda segundo Lynch, os investidores “só podem confiar nos indicadores, que continuam globalmente bons, e nas empresas das quais se esperam os resultados trimestrais a partir de meados de julho”.

Neste contexto, os índices foram apoiados hoje pelo bom desempenho do setor tecnológico, ilustrado pelo avanço em 1,08 por cento do subíndice que junta estes títulos no S&P500.

Da mesma forma, o subíndice que representa o setor financeiro no S&P500 subiu 0,86 por cento, quando se espera que a Reserva Federal apresente os resultados da segunda fase dos testes anuais de resistência das mais instituições financeiras.

A sessão foi ainda animada pela última iniciativa da Amazon, que anunciou hoje a entrada na distribuição de produtos farmacêuticos, através da aquisição do sítio de comércio especializado PillPack.

Esta transação pode abalar potencialmente todo o setor do comércio farmacêutico. As grandes cadeiras de distribuição destes produtos tiveram fortes quedas bolsistas: a CVS recuou 6,10 por cento, a Walgreen Boots Alliance 9,90 por cento e a Rite Aid 11,11 por cento.

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