Economia

Wall Street fecha estagnada com investidores a recuperarem o fôlego

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje perto do ponto de equilíbrio, com os investidores a recuperarem o fôlego após várias sessões consecutivas de subida, em contexto de apaziguamento das tensões comerciais e antecipação da decida de taxas pelo banco central.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,05 por cento, para os 26.048,51 pontos.

Ainda mais pequena foi a descida do tecnológico Nasdaq, que perdeu 0,01 por cento, para as 7.822,57 unidades, e a do alargado S&P500, que desvalorizou 0,03 por cento, para os 2.885,72 pontos.

O Dow Jones colocou assim um termo a uma série de seis subidas consecutivas, ao passo que o Nasdaq e o S&P500 interromperam cinco sessões consecutivas de alta.

“Depois de cinco ou seis sessões de ganhos consecutivos, a hora é de digestão”, reagiu hoje Nate Thooft, da Manulife AM.

“Os que participaram nos últimos tempos na vaga de compra de ações parece que se distanciaram do mercado e os outros investidores permaneceram nos bastidores”, acrescentou este operador.

Contudo, a sessão tinha começado sob bons auspícios, no seguimento do desempenho das praças asiáticas. Estas tinham sido apoiadas por um novo estímulo económico das autoridades chinesas para ajudar a sua economia.

Segundo um documento divulgado na segunda-feira, Pequim deve autorizar as autoridades locais a emitirem obrigações especiais para garantir o financiamento da construção de infraestruturas no país, como autoestradas, vias férreas ou energia.

“É positivo porque mostra que a China está disposta a fazer o necessário para ajudar a sua economia”, resumiu Nate Thooft.

Apesar do recuo dos índices nova-iorquinos que hoje se verificou, as empresas chinesas cotadas em Wall Street ganharam com este novo estímulo de Pequim: a Alibaba avançou 1,75 por cento, a JD.com 2,71 por cento e a Baidu 3,23 por cento.

Este novo plano chinês é divulgado quando a disputa comercial com os Estados Unidos da América, que está a fazer um ano, permanece sem perspetiva de acordo.

Neste contexto de guerra comercial larvar, a China não confirmou hoje que o seu Presidente, Xi Jinping, se vá reunir com o homólogo norte-americano, Donald Trump, por ocasião da cimeira do grupo das 20 principais economias.

Do lado norte-americano, as consequências negativas da guerra comercial com a China e uma inflação relativamente fraca continuam a alimentar a expetativa de descida das taxas de juro por parte da Reserva Federal.

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