A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a cederem a vários resultados empresariais inferiores aos esperados, como os da McDonald’s e da seguradora Travelers, ambas integrantes do seletivo Dow Jones Industrial Average.
Este índice recuou 0,15 por cento, para os 26.788,10 pontos.
Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,72 por cento, para as 8.104,30 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 0,36 por cento, para as 2.995,99.
A McDonald’s desiludiu os investidores ao divulgar uma diminuição da sua taxa de crescimento, o que foi atribuído ao seu atraso na oferta produtos de hambúrgueres vegetarianos. Em resultado, a cotação da sua ação desceu 3,30 por cento.
Já a Travelers baixou muito mais (8,29 por cento), depois de apresentar resultados trimestrais abaixo das expectativas.
“Com o avanço da época dos resultados, estamos a observar mais fragilidade neste terceiro trimestre”, em relação ao anterior, notou Sam Stovall, da CFRA.
Até agora, mais de 20 por cento dos membros da S&P500 já divulgaram os seus resultados.
Entre as outras empresas que divulgaram as suas contas trimestrais, o fabricante de brinquedos Hasbro perdeu 16,76 por cento, afetado fortemente pelas incertezas envolventes da guerra comercial sino-norte-americana e a imposição de novas tarifas alfandegárias sobre alguns dos seus jogos.
Já o fabricante de produtos de higiene e limpeza Procter and Gamble (P&G) apresentou resultados melhores do que esperados pelos analistas, graças às vendas nas áreas de saúde e beleza, o que permitiu um ganho de 2,60 por cento na sua cotação.
Também a United Technologies (2,21 por cento) e a Harley-Davidson (7,98 por cento) valorizaram, depois de apresentarem desempenhos acima do esperado, ao passo que, pelo contrário, a UPS e a Kimberly Clark recuaram – 2,04 por cento e 7,05 por cento, respetivamente –, por publicarem resultados pouco convincentes para os investidores.
Os índices da praça nova-iorquina também cederam terreno no final da sessão depois da rejeição pelo parlamento britânico de uma apreciação acelerada do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia, o designado Brexit, como o primeiro-ministro britânico pretendia.
Esta decisão do parlamento compromete as hipóteses de um Brexit com um acordo entre Londres e Bruxelas antes de 31 de outubro.
“Vejo esse desenvolvimento mais de forma positiva do que negativa, porque é uma espécie de conclusão, mesmo que não seja a que Wall Street esperava”, estimou Stovall.
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