Economia

Wall Street fecha em baixa no início de uma semana cheia para os investidores

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a refugirem-se na prudência no início de uma semana marcada pelas negociações sino-norte-americanas, reuniões dos bancos centrais europeu e norte-americano e eleições britânicas.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,38 por cento, para os 27.909,60 pontos.

Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,40 por cento, para as 8.621,83 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 0,32 por cento, para as 3.135,96.

“Assistimos hoje a alguma consolidação, a realização de ganhos, depois de uma bela progressão na semana passada”, estimou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities.

Com efeito, os índices tinham fechado em alta nas três últimas sessões, em particular na sexta-feira, quando foi divulgado um relatório sobre o emprego nos EUA, que se revelou melhor do que previsto pelos analistas.

Os investidores “questionam-se agora, sobretudo, se vai haver progressos na frente das negociações comerciais”, adiantou Cardillo, que realçou que o Dow Jones tinha sido prejudicado sobretudo pela contração da Apple, que recuou 1,40 por cento, e da Boeing, que perdeu 0,81 por cento, duas multinacionais sensíveis aos sobressaltos das negociações entre EUA e China.

O governo de Donald Trump anunciou a intenção de aplicar novas taxas alfandegárias a cerca de 160 mil milhões de dólares (145 mil milhões de euros) de importações provenientes da China. Entre os bens visados estão telemóveis e vestuário desportivo.

Mas as duas partes continuam a discutir com Pequim a esboçar um gesto de boa vontade, ao indicar na sexta-feira que iria isentar de taxas alfandegárias algumas importações de carne de porco e soja, provenientes dos EUA.

Por outro lado, a Reserva Federal vai realizar, na terça e quarta-feira, a sua última reunião do ano sobre política monetária, ao passo que Christine Lagarde vai participar na sua primeira reunião do Banco Central Europeu enquanto presidente da instituição.

Os investidores vão estar atentos ainda aos indicadores sobre os preços no consumo e às vendas do comércio retalhista nos EUA, estatísticas consideradas importantes para avaliar a saúde da economia norte-americana.

Por fim, os investidores também vão seguir com atenção as eleições legislativas antecipadas no Reino Unido, decisivas para o Brexit e o futuro das relações dos britânicos com a União Europeia.

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