Economia

Wall Street fecha em baixa com investidores inquietos com política monetária

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, continuando o seu movimento de consolidação depois de várias sessões de forte progressão, com os investidores a encontrarem motivos de inquietação nos temas do comércio e da Reserva Federal (Fed).

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,17 por cento, para os 26.004,83 pontos.

O tecnológico Nasdaq baixou 0,38 por cento, para as 7.792,72 unidades.

O alargado S&P500 recuou 0,20 por cento, para os 2.879,84 pontos. Entre 01 e 11 de junho pelo contrário, este índice, que agrupa as 500 empresas com maior capitalização bolsista nos EUA, tinha progredido 5 por cento.

“Cada vez que o índice se aproxima de um máximo, acontece pouco depois uma queda no conjunto do mercado”, comentou Quincy Krosby, da Prudential Financial.

O avanço deste índice alargado, tal como o dos outros dois índices de referência de Wall Street, tinha sido alimentado pelo anúncio de um acordo comercial com o México.

Mas depois de terem aplaudido o acordo entre o Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, e o México, os investidores parecem ver nuvens no horizonte.

“Existe uma certa inquietação quanto ao facto de o banco central dos EUA acabar finalmente por não descer a sua taxa de juro de referência, como era largamente esperado, justamente devido à resolução do conflito com o México”, notou Krosby.

Segundo esta operadora, uma descida das taxas poderia ser menos necessária para apoiar a economia norte-americana, uma vez que o conflito comercial EUA-México não se vai materializar.

Mas, ao mesmo tempo, a divulgação de um indicador veio alimentar as esperanças de uma descida da taxa de juro. Com efeito, o índice dos preços no consumidor em abril situou-se em 1,8 por cento, inferior ao valor homólogo, ficando abaixo de 2,0 por cento, que é o valor de referência da Fed.

“As pressões inflacionistas permanecem contidas”, comentou Patrick O’Hare, da Briefing. Esta situação favorece as expetativas dos defensores da descida da taxa de juro este verão.

“O tom do comunicado da próxima reunião da Fed dentro de alguns dias (em 18 e 19 de junho) vai ser determinante para o futuro imediato”, afirmou Quincy Krosby.

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