Economia

Wall Street fecha em baixa clara com descida da atividade industrial nos EUA

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em baixa clara, com os investidores a cederem à divulgação da forte contração da atividade industrial nos EUA em setembro, o que reavivou o receio de uma recessão.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,28 por cento, para os 26.573,04 pontos.

O tecnológico Nasdaq recuou 1,13 por cento, para as 7.908,68 unidades, e o alargado S&P500 baixou 1,23 por cento para as 2.940,25.

Apesar de terem começado a sessão em alta, os índices mais emblemáticos da praça nova-iorquina caíram repentinamente pouco depois da divulgação do índice da associação profissional ISM, que mostrou uma queda da atividade industrial nos EUA em setembro para o seu nível mais baixo em 10 anos.

“Isto mudou o tom (da sessão) e mostrou claramente que os investidores receiam uma recessão”, observou Karl Haeling, da LBBW.

Para este operador, a subida das expectativas sobre uma nova descida das taxas de juro diretoras do banco central norte-americano, a Reserva Federal (Fed), é um dos indicadores de uma possível recessão.

Segundo um instrumento da plataforma bolsista CME, cerca de dois terços dos corretores apostam no corte das taxas de juro no final do mês. Na véspera, os que tal admitiam eram menos de 40 por cento.

A Fed e o seu presidente, Jerome Powell, tornaram a ser alvo de críticas do Presidente norte-americano, Donald Trump.

“Como tinha previsto, Jay Powell e a Reserva Federal permitiram que o dólar ficasse de tal maneira forte, em particular face a TODAS as outras divisas, que os nossos industriais estão a ser afetados”, escreveu Trump.

“Todos os olhos estão agora focados no comércio. O impacto da guerra comercial entre Washington e Pequim, que está a afetar a economia internacional, começa a fazer-se sentir nos EUA”, acrescentou Haeling.

As negociações comerciais sino-norte-americanas devem realizar-se na próxima semana entre representantes dos dois Estados.

“Parece que os chineses não vão fazer as concessões que os EUA querem. É provável que esperem até à eleição presidencial norte-americana de 2020”, previu Haeling.

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