Economia

Wall Street fecha em baixa arrastada pelos ataques na Arábia Saudita

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, arrastada pelas preocupações dos investidores no seguimento dos ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, que provocaram uma forte subida dos preços do petróleo.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,52 por cento, para os 27.076,82 pontos, ao fim de oito sessões consecutivas de subida.

O tecnológico Nasdaq recuou 0,28 por cento, para as 8.153,54 unidades, e o alargado S&P500 cedeu 0,31 por cento, para as 2.997,96.

Os preços do petróleo tiveram hoje um crescimento acentuado em reação a dois ataques de envergadura realizados contra instalações petrolíferas sauditas durante o fim de semana, que provocaram a redução em metade da produção do reino, em cerca de 5,7 milhões de barris por dia, o que corresponde a cerca de 6 por cento da produção mundial.

O barril de referência no mercado europeu, o Brent do mar do Norte, valorizou 14,6 por cento, a progressão mais forte desde que este contrato foi formalizado em 1988. Mas o barril de referência em Nova Iorque, o WTI, ainda valorizou mais, ao subir 14,7 por cento.

“Um movimento desta ordem dos preços do petróleo cria ansiedade entre os investidores”, sublinhou Nate Thooft, da Manulife Asset Management.

Segundo este operador, “a descida acabou por ser reduzida”.

“Quando acontecimentos tão importantes ocorreram no Médio Oriente como estes, viram-se reações bem mais importantes”, referiu.

Na leitura deste agente bolsista, “isto indica que os investidores estão concentrados em outros assuntos, que lhes parecem mais importantes, como as perspetivas de crescimento ou decisões ligadas à guerra comercial” sino-norte-americana.

Contudo, alguns setores sofreram o impacto da subida repentina dos preços petrolíferos e das incertezas que estas fazem incidir sobre a economia mundial.

As transportadoras aéreas American Airlines, United e Delta estiveram assim entre os principais perdedores da sessão com desvalorizações de 7,3 por cento, 2,8 por cento e 1,6 por cento, respetivamente.

Vários grandes bancos norte-americanos, como Goldman Sachs (-1,2 por cento), Citigroup (-0,8 por cento) e Morgan Stanley (-0,9 por cento), tiveram as respetivas cotações em baixa, arrastados pela descida das taxas de juro no mercado obrigacionista.

O rendimento dos títulos da dívida pública dos EUA a 10 anos evoluía nos 1,842 por cento, às 21:15 de Lisboa, abaixo dos 1,896 por cento, que apresentava na sexta-feira.

Ao contrário, os grupos petrolíferos viram os seus títulos valorizar fortemente, casos de Marathon Oil Corp (11,6 por cento), Occidental (6 por cento) e ExxonMobil, que avançou 1,7 por cento.

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