Economia

Wall Street fecha em alta graças ao desanuviamento das negociações EUA-China

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores esperançados na resolução rápida de conflito comercial sino-norte-americano no final de vários dias de negociações, que prosseguem na próxima semana em Washington.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo índice Dow Jones Industrial Average ganhou 1,74 por cento, para acabar nos 25.883,25 pontos.

O tecnológico Nasdaq apresentou a valorização mais fraca dos três, ao progredir 0,61 por cento, para as 7.472,41 unidades, com o alargado S&P500 a avançar 1,09 por cento, para as 2.775,60.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, mostrou-se hoje positivo quanto às perspetivas de acabar com a guerra comercial que dirige contra Pequim e evocou a possibilidade de prolongar a trégua antes de aumentar as taxas alfandegárias sobre as importações provenientes da China.

As negociações, que acabam de encerrar uma terceira ronda negocial em Pequim, estão a correr “extraordinariamente bem”, disse Donald Trump.

“Nós acreditamos verdadeiramente nisso quando o virmos, mas um acordo parece próximo”, reagiu Bill Lynch, da Hinsdale Associates.

Porém, no final de cinco dias de discussões entre as delegações de cada parte, o representante norte-americano para o Comércio, Robert Lighthizer, apontou hoje ao presidente chinês, Xi Jinping, “algumas questões muito, muito importantes e muito difíceis”.

Antes de regressar a Washington, onde as negociações vão continuar na próxima semana, disse que “ainda há trabalho a fazer”, mas declarou-se “otimista”.

As discussões entre chineses e norte-americanos têm sido um dos principais barómetros dos mercados financeiros durante esta semana.

No conjunto da semana, o Dow Jones avançou 3,09 por cento, o Nasdaq valorizou 2,39 por cento e o S&P500 ganhou 2,50 por cento.

Outra fonte de entusiasmo para os investidores foi o afastamento da possibilidade de um novo encerramento de agências e serviços do governo federal, o designado ‘shutdown’, a partir de hoje à noite, pouco tempo depois de ter terminado o maior na história do país, que durou 35 dias.

Com efeito, Trump aceitou assinar hoje um compromisso orçamental alcançado no Congresso, que não contempla o financiamento do muro fronteiriço que pretende com o México.

Contudo, ao mesmo tempo, Trump declarou uma “emergência nacional” nos Estados Unidos da América para procurar avançar neste assunto.

Apesar de esta declaração abrir a via a numerosas batalhas e incertezas em Washington, “é um problema secundário” em relação ao facto de ter sido evitado o bloqueio do ‘shutdown’, segundo Bill Lynch.

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