Economia

Wall Street fecha em alta entre expetativa com Fed e cautela com conjuntura

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores prudentes, mas otimistas, no arranque de uma semana marcada por uma reunião do banco central dos EUA e com o Nasdaq a beneficiar de uma valorização da Facebook.

Ao avançar 4,24 por cento, a empresa da rede social permitiu que o índice tecnológico Nasdaq ganhasse 0,62 por cento, para os 7.845,02 pontos. Os ganhos da Facebook anteciparam hoje a apresentação, marcada para terça-feira, de um projeto que assinala a sua entrada no domínio das criptomoedas.

Já o seletivo Dow Jones Industrial Average e o alargado S&P500 progrediram uns mínimos 0,09 por cento, para 26.112,53 unidades e 2.889,67 respetivamente.

“Os investidores estão à espera para ver o que se vai passar com a Fed (Reserva Federal). A tendência é de expetativa”, considerou Christopher Low, da FTN Financial.

A comissão de política monetária (FOMC, na sigla em inglês) do banco central dos EUA vai reunir na terça e quarta-feira.

Se a pressão para descer as taxas de juro se intensificou recentemente, tanto da parte dos investidores, como da Casa Branca, a Fed não deve seguir por este caminho.

Mas os investidores em Wall Street estarão com muita atenção ao menor sinal sobre as decisões da instituição e estão a apostar, na sua maioria, na baixa das taxas de juro em julho.

Esta hipótese foi reforçada pelo mais recente indicador macroeconómico, o índice mensal Empire State, que evidenciou uma redução brutal na região de Nova Iorque, em junho.

“É importante recordar que é o primeiro relatório incindindo sobre um mês inteiro depois de as discussões comerciais entre EUA e China se terem degradado no início de maio”, sublinhou Low.

“É preciso ver se este índice regional é reforçado por outros, mas foi divulgado depois de se conhecerem várias estatísticas dececionantes sobre a atividade industrial”, acrescentou.

Alguma contenção dos investidores também se justifica pela persistência da incerteza em vários outros assuntos, observou Patrick O’Hare, da Briefing.

“O que vai sair da reunião do G20 e da eventual reunião entre os presidentes (Donald) Trump e Xi (Jinping)? Como é que os responsáveis da Casa Branca vão conduzir as negociações sobre o orçamento e evitar novas tensões sobre o limite da dívida? Os indicadores vão mostrar uma redução da atividade económica?”, detalhou.

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