Economia

Wall Street fecha em alta com S&P500 em máximos do ano

A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, com o índice alargado S&P500 no máximo do ano, graças à primazia dada pelos investidores aos indicadores económicos divulgados durante o dia em relação às preocupações com a Boeing.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o S&P500, que junta as 500 maiores empresas cotadas em Wall Street, avançou 0,70 por cento, para os 2.810,92 pontos, um nível inédito em 2019.

Já o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,58 por cento, para as 25.702,89 unidades, e o tecnológico Nasdaq apreciou-se 0,69 por cento, para fechar nas 7.643,41.

O facto de o S&P500 ter superado o patamar simbólico dos 2.800 pontos e conseguido manter-se acima deste valor alimentou a boa disposição dos investidores, disse Quincy Krosby, da Prudential.

Mas estes índices bolsistas também beneficiaram de indicadores de bom augúrio, em particular pela subida das encomendas de bens duradouros em janeiro, pelo terceiro mês consecutivo, e pelo aumento acima das expetativas do investimento em construção, na opinião deste especialista.

“Depois de estatísticas mitigadas nos últimos tempos, começamos a ver alguma estabilização. Isto é muito importante porque os investidores se questionam desde há semanas se o crescimento [económico] diminuiu ou se se trata de uma pequena moderação”, adiantou Krosby.

Como, ao mesmo tempo, os bancos centrais dos Estados Unidos da América e da União Europeia assinalaram claramente que não tinham a intenção de subir a taxa de juro, “os investidores e corretores entendem que se pode ter, não apenas uma estabilização da economia durante os próximos dois trimestres, como uma pequena melhoria, pelo que logicamente regressam ao mercado”, avançou esta operadora.

A retração do dólar, favorável às multinacionais norte-americanas, também alimentou as perspetivas de ver estas empresas melhorar o seu desempenho no estrangeiro.

O mesmo contributo veio da Boeing, a empresa que mais pesa no S&P500.

A ação do construtor aeronáutico tinha desvalorizado mais de 11 por cento na segunda e na terça-feira, depois da queda de um aparelho 737 MAX 8, da Etiópia Airlines, no domingo, perto de Addis Abeba.

Depois de uma queda temporária durante a sessão de hoje, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a imobilização de todos os 737 MAX 8 e MAX 9, que se encontrassem em território norte-americano, o que tornou os EUA o último grande país a colar ao solo este modelo de aparelhos. Mas rapidamente recuperou e acabou a sessão com um ganho de 0,46 por cento.

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